Na reunião desta quarta-feira, 24 de setembro, a Comissão de Educação e Ciências da Câmara Municipal de Limeira recebeu mães de alunos que reclamaram sobre as condições da frota do transporte escolar rural. O secretário Municipal de Educação, Antonio Montesano, participou do debate e informou que a partir de 2026 o serviço será unificado em convênio com o Governo do Estado, o que deve possibilitar melhorias no atendimento às crianças.

Representando a comunidade escolar, especialmente familiares de alunos da Emeief Martim Lutero, o grupo de mães demonstrou preocupação com as condições “precárias” dos ônibus que atendem a zona rural, mencionando a ausência de cinto de segurança, janelas emperradas e buracos no piso dos veículos. A falta de manutenção também tem motivado frequentemente a quebra dos ônibus durante o deslocamento dos alunos, que ficam no meio do trajeto à espera de pais que possuem veículo próprio para chegarem ao destino.  

Uma das mães, Scheila Cristina Pereira, relatou situações as quais as crianças que saem da escola às 17h chegam a ficar até 20h na estrada esperando pela chegada de amigos ou parentes que têm condução própria. Além disso, elas criticaram que quando o problema ocorre em horários de pico de calor, as crianças chegam a passar mal. 

O secretário de Educação, Antonio Montesano, afirmou que não tinha conhecimento das situações reportadas, uma vez que a pasta não foi notificada oficialmente sobre as reivindicações apresentadas, e se comprometeu a tomar as providências necessárias. 

Ele explicou que o contrato atual com a empresa SOU Limeira segue vigente até 31 de dezembro de 2025 e esclareceu que, no momento, não é possível melhorar o transporte escolar rural, em razão das condições atuais do contrato com a empresa.  “Após essa data, o transporte passará a ser realizado pelo município em parceria com o Governo do Estado de São Paulo”, explicou. 

Segundo a Prefeitura, a medida visa a unificar o transporte de estudantes da rede pública municipal e estadual e dar mais eficiência ao serviço, que atende os alunos que moram a mais de 2 km da escola. 

Durante a reunião, as mães se comprometeram a apresentar sugestões para compor o serviço no novo formato, com detalhamento de questões que envolvem desde logística, para diminuir o tempo de deslocamento das crianças, como demandas para segurança dos veículos, como garantia de itens de segurança.

Os vereadores reforçaram ainda que é necessária a intensificação da fiscalização da Prefeitura sobre a empresa contratada para prestar o serviço.  

A Comissão

Fazem parte da Comissão de Educação e Ciências os vereadores Mariana Calsa, presidente; Nilton Santos (Republicanos), vice-presidente, e Waguinho da Santa Luzia (PP), secretário. As deliberações são registradas em ata.