Colegiado apura denúncia sobre condições inadequadas, como tempo de espera na fila e falta de acessibilidade
Na reunião desta quarta-feira, 8 de outubro, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Limeira recebeu representante do Banco Mercantil que se manifestou sobre a estrutura da agência de Limeira. Os vereadores apuram denúncia de munícipe que relatou condições inadequadas no atendimento a idosos.
O diálogo foi iniciado pela presidente da Comissão, vereadora Isabelly Carvalho (PT), que leu os principais pontos da denúncia como o tempo de espera nas filas e a falta de acessibilidade. Os apontamentos foram confirmados pelo Sindicato dos Bancários de Limeira na reunião do dia 25 de setembro.
Sobre a estrutura, a gerência regional do banco respondeu que a agência em Limeira é a segunda maior, com espaço de 773 metros quadrados, contando com 153 assentos, 12 mesas de atendimento e mais 16 unidades de autoatendimento (caixas eletrônicos). Também descreveu que o prédio possui quatro banheiros acessíveis, entrada com acessibilidade, cadeiras de rodas e salas climatizadas com ar-condicionado. Como há dois andares, tanto no piso inferior como superior, os clientes podem contar com o auxílio dos atendentes.
A Comissão indagou sobre medidas para aprimoramento da estrutura, especialmente sobre a possibilidade de disponibilizar cadeiras na área do autoatendimento. A representante do banco informou que essa não é prática da instituição e não é comum entre as instituições bancárias disponibilizar assentos no setor, pela natureza do serviço.
Em relação ao tempo médio de espera, foi informado à Comissão que está entre 12 e 19 minutos, conforme levantamento dos meses de setembro e outubro. Ela apresentou fotografias da agência aos vereadores, com registros do fluxo de atendimento em diferentes horários no quinto dia útil do mês.
A vereadora Bruna Magalhães (PRTB) manifestou preocupação com a divergência das imagens em relação aos fatos denunciados, sinalizando que os registros na data "não correspondem à realidade". A presidente Isabelly também considerou que o informativo apresentado foi insuficiente para responder aos termos da demanda e solicitou registros do fluxo de clientes no quarto dia útil do mês.
O colegiado destacou ainda que o objetivo dos trabalhos fiscalizatórios é contribuir para a solução do problema e ponderou que a denúncia revela aspectos para futuros encaminhamentos, que serão comunicados posteriormente à instituição. Segundo Isabelly, as reclamações envolvem diretamente os beneficiários do INSS, que são em grande parte idosos. “O objetivo da Comissão do diálogo é construir propostas para mitigar essas situações relatadas”, declarou.
Outras Deliberações
Esta semana, a vereadora Bruna formalizou uma denúncia recebida sobre possível abuso de autoridade e discriminação racial ocorrida no município. Ela apresentou documentação do caso, com ofício do relato feito por denunciante e um envelope contendo arquivo audiovisual. A Comissão determinou a autuação em processo, garantindo os devidos cuidados quanto ao sigilo dos documentos para posterior deliberação.
Fazem parte da Comissão Isabelly Carvalho (PT), presidente; Carlinhos do Grotta (PL), vice-presidente; e Bruna Magalhães (PRTB), secretária. Todas as deliberações constam em ata.