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Comissão de Meio ambiente aborda viabilidade de instalação de bueiros inteligentes

Vereadores debatem com a Prefeitura alternativas sustentáveis para o sistema de drenagem e prevenção de inundações

Data de publicação: 24/10/2025 11:43 | Categoria: Institucional | Núcleo de Imprensa da Câmara Municipal de Limeira


Comissão de Meio ambiente aborda viabilidade de instalação de bueiros inteligentes
Comissão de Meio ambiente aborda viabilidade de instalação de bueiros inteligentes

Na reunião desta quinta-feira, 23 de outubro, a Comissão de Meio Ambiente se reuniu com técnicos das secretarias de Obras e Serviços Públicos e de Meio Ambiente e Saneamento com o objetivo de verificar a viabilidade da instalação de bueiros inteligentes em áreas de risco de inundações, além de buscar esclarecimentos acerca dos planos de prevenção e manutenção abrangendo os sistemas de micro e macrodrenagem.   

Participaram da reunião  os membros da Comissão, vereadores Felipe Penedo (PL), presidente, Tatiane Lopes (Avante), vice-presidente, e Helder do Táxi (PSD), secretário; os servidores Isabela Giacon Pitton, Flávia Maiesi Pizani Peruzza e Fábio Tomaselha Johnsson, da Secretaria de Obras, e Tiago Bacarin Custódio, representando a pasta de Meio Ambiente. 

Vantagens e desvantagens   

A reunião foi pautada pela viabilidade de uso dos bueiros inteligentes como medida de prevenção a alagamentos e redução de poluição dos corpos d'água. Esses bueiros são compostos por sistemas de coleta de resíduos, como cestos instalados diretamente em bocas de lobo, que retém o lixo e detritos evitando que cheguem aos rios, por exemplo. 

O presidente da Comissão, Felipe Penedo, abriu a reunião questionando se a Prefeitura já realizou algum estudo para instalação desses bueiros. Flávia Peruzza, da Secretaria de Obras, explicou tecnicamente que vários estudos foram realizados sobre diferentes alternativas e indicou algumas das vantagens e desvantagens. 

“Do ponto de vista dos resíduos, o pró é que o bueiro inteligente talvez seja até interessante por conseguir juntar aqueles materiais descartados de maneira incorreta. Porém, do ponto de vista hidráulico, isso é um problema, pois no momento das chuvas qualquer detrito que fique parado nas grelhas vira algo que obstrui a passagem da água. Então, ao invés de conseguir um benefício, teremos um ponto de preocupação, principalmente nos locais mais críticos”, considerou.   

Segundo Flávia, pelo fato de haver o risco de obstrução da passagem da água em caso de chuvas fortes, a implementação dos bueiros inteligentes deve ser condicionada à conscientização da população, para que não sejam descartados resíduos inadequadamente. 

Ela confirmou ainda que é possível a Prefeitura realizar um projeto piloto para testar a tecnologia, contudo, alertou que a iniciativa também depende diretamente da efetividade do apoio dos munícipes. “O piloto é algo simples, mas a chance de sucesso é muito pequena se não conciliar as ações conjuntas”, alertou.  

O colegiado perguntou se a administração municipal tem realizado campanhas educativas e Tiago Custódio, da Secretaria de Meio Ambiente, respondeu que sim, principalmente nas escolas e na Semana do Meio Ambiente, mas não tinha o detalhamento da programação das ações. Ele disse que há o interesse da pasta em intensificar no próximo ano o trabalho mais ativo, no sentido de ampliar a educação ambiental.    

Sistema de drenagem

Outro tema abordado foi em relação ao sistema de drenagem, se o Poder Executivo dispõe de estrutura administrativa própria para esse serviço. A servidora Flávia disse que existe uma equipe que faz a limpeza das bocas coletoras, sob a responsabilidade da Secretaria de Obras e com o apoio de outras secretarias. Ela citou, como exemplo, a manutenção de bocas de lobos realizada por funcionários efetivos da Prefeitura, em momentos emergenciais e em pontos críticos, orientando ainda que a população pode acionar essa equipe pelo número 156.      

Monitoramento 

A Comissão perguntou sobre a existência de mapeamento georreferenciado das bocas de lobo no Município e a fiscalização de irregularidades. A resposta foi que existe o cadastro de rede, contudo, é um documento interno e não muito preciso.  Monitoramento feito por demanda. Já o monitoramento em campo ocorre a partir das denúncias da população. 

Acerca do descarte irregular no sistema que capta a água de chuvas, a Prefeitura enfatizou a complexidade do problema e que hoje não tem um equipamento que permita fazer esse monitoramento das redes de dragagem e qualidade da água em tempo real. Essa análise ocorre a partir da coleta de água em pontos específicos e verificação em laboratório, portanto, não é possível fazer de forma automatizada.  

Deliberações 

A Comissão deliberou expedir ofício à Prefeitura com pedido de informações sobre o contrato de limpeza do sistema de drenagem da cidade, se está vigente; e como tem sido realizado esse serviço. Solicitaram ainda o envio de cópia dos relatórios dos trabalhos prestados nos pontos críticos de inundação da cidade. 

Os encaminhamentos dos vereadores e o resumo do debate constam em ata. O vídeo da reunião na íntegra também pode ser conferido neste link.

Registrado em: Comissão Meio Ambiente