A Câmara Municipal de Limeira aprovou nesta segunda-feira, 14 de julho, dois projetos de lei que perpetuam a memória de cidadãos. O Projeto de Lei Nº 78/2025, de autoria do vereador Waguinho de Santa Luzia (PP), atribui o nome de Diégenes Eduardo da Silva na rua projetada 4, do loteamento Jardim das Orquídeas. Já o Projeto de Lei Nº 127/2025, da vereadora Isabelly Carvalho (PT), perpetua o nome de Irma Lencioni Cardoso na Área Verde 2, localizada na Via Guilherme Dibbern, do bairro Residencial Greville.

Diégenes Eduardo da Silva 

Nasceu em Limeira no dia 2 de abril de 1984 e faleceu em 3 de março de 2022, aos 38 anos. Diégenes Eduardo da Silva, conhecido como "Didi", trabalhou desde muito cedo em diversos lugares em Limeira, como na Empresa de Desenvolvimento de Limeira (Emdel) e no Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom).

Conforme a justificativa ao projeto, os estudos fizeram parte de sua vida mesmo em meio às dificuldades da infância. Foi aluno bolsista na Faculdade Integrada Einstein de Limeira, onde realizou o sonho de se tornar professor de Educação Física.  “Ensinar o fazia se sentir realizado, ele amava sua profissão, e a exerceu com muito êxito em várias escolas de Limeira, a última em que trabalhou foi a Escola Maria Madalena Vasconcellos da Silva”, informou o autor.

Pai de dois filhos, Didi era muito religioso, segundo Waguinho. O parlamentar descreveu que, na Paróquia de Santa Luzia, o homenageado conheceu a esposa e na maior parte do tempo seguia na Paróquia São José, onde era um acólito e frequentava grupos de jovens.

Irma Lencioni Cardoso

Irma Lencioni Cardoso nasceu em Limeira no dia 7 de outubro de 1914 e faleceu em 27 de outubro de 2000, aos 86 anos. Foi empresária, empreendedora, esposa e mãe.

Viúva aos 36 anos de idade, com os cinco filhos ainda menores, assumiu os negócios da família  a partir da necessidade, e se tornou uma empresária de sucesso, de acordo com a autora. “Na época, a Indústria Cardoso contava com cerca de 100 funcionários e era considerada a maior do setor de joias em Limeira e tinha grande reconhecimento em todo o Brasil”, relatou Isabelly.

Na justificativa do projeto, a parlamentar disse que, durante 17 anos, de 1952 a 1969, Irma Lencioni Cardoso esteve à frente da empresa, mantendo-a na posição de mais importante do setor. Conforme o texto, a indústria produzia e vendia apenas artigos de ourivesaria em ouro 18 quilates e precisou se adaptar, no final da década de 60, quando começou a despontar o setor de bijuterias, substituindo as peças em ouro que se tornaram muito caras.

“A empresa encerrou as atividades em 1969 e ficou marcada na História de Limeira pelo seu pioneirismo e por ter aberto caminhos para tantas outras, tendo servido de semente para que Limeira se tornasse mais tarde a Capital Nacional da Joia Folheada”, destacou a autora.