• Inicio
  • Notícias
  • Educação especial para pessoas com TEA tem novas diretrizes aprovadas na Câmara

Educação especial para pessoas com TEA tem novas diretrizes aprovadas na Câmara

Propositura é resultado do trabalho da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras

Data de publicação: 01/07/2025 10:30 | Categoria: Institucional | Núcleo de Imprensa da Câmara Municipal de Limeira


Educação especial para pessoas com TEA tem novas diretrizes aprovadas na Câmara
Educação especial para pessoas com TEA tem novas diretrizes aprovadas na Câmara

Na sessão ordinária desta segunda-feira, 30 de junho, a Câmara aprovou, em regime de urgência especial, o Projeto de Lei Nº 121/2025, institui as Diretrizes Municipais de Educação Especial para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e revoga Lei Nº 7.122/2025 que tratava sobre a temática. A propositura é de autoria dos vereadores Elias Barbosa (PRTB), Waguinho da Santa Luzia (PP), Anderson Pereira (PSD), João Bano (Solidariedade) e Nilton Santos (Republicanos).

Conforme justificativa, os parlamentares argumentaram que após análise apresentou a proposta para aprimorar aspectos técnicos e operacionais, de forma a assegurar sua efetividade e aplicabilidade. “O presente projeto busca garantir uma educação de qualidade e inclusiva para pessoas com TEA, envolvendo o Estado, a família, a comunidade escolar e a sociedade na prevenção da violência, negligência e discriminação”, defenderam os proponentes.

Entre as competências atribuídas no projeto ao poder público estão: garantir o acesso, a permanência, a participação, a aprendizagem e a matrícula prioritária, sendo vedada a recusa de matrícula na rede de ensino; efetuar a mobilização de insumos financeiros, de pessoas e de recursos de acessibilidade, incluindo o acompanhante especializado, e de todos os demais instrumentos necessários à efetivação desta lei de diretrizes; assegurar a participação dos estudantes com autismo e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar.

Além disso, cabe à administração pública municipal promover a adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com autismo, em especial com o planejamento de estudo de caso através da elaboração e implementação de um Plano Educacional, e formar continuamente professores e demais profissionais da educação para a implementação do Plano Educacional.

Outra previsão constante no texto legislativo é a existência do Projeto Político Pedagógico das escolas que compõem a rede municipal, pública ou conveniada, de ensino, que deverá institucionalizar e organizar o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a elaboração e implementação do Plano Educacional. Por meio deste instrumento, devem estar previstos todos os serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com autismo de modo a garantir o pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de autonomia.   

Em relação a esse plano, será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação a expedição de normas com os aspectos que deverão ser considerados.

Família

O projeto define ainda que o Plano Educacional será executado após a ciência dos pais ou responsáveis e sempre que a pessoa com Autismo for capaz de compreender e emitir a própria opinião sobre o tema. Ele deve ser elaborado em, no máximo, 30 dias a partir do início das aulas com o estudante no início da escolarização em uma unidade escolar. Também fica estabelecido que todo início de ano letivo a avaliação é necessária, pois há alterações de comportamentos e, quando terminado, o Plano deve ser apresentado em reunião formal aos pais ou responsáveis, à equipe multidisciplinar e a pessoa com o TEA, caso seja possível a participação.  

Frente Parlamentar 

A elaboração da propositura foi resultado do trabalho da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras, criada por meio da Resolução Nº 805/2021. Os membros atuaram na identificação de problemas referentes à condição das pessoas com deficiência e doenças raras, em relação à saúde, lazer, educação e meio ambiente, independentemente de gênero, idade, condição social, religião e raça; acompanhamento de tramitação, proposição de matérias e apoio à elaboração de estudos sobre o tema; bem como a elaboração de estudos, discussões e apresentação de alternativas e soluções sobre o assunto.

Em março de 2023 a Frente Parlamentar apresentou relatório final e propôs medidas em defesa de direitos; confira neste link.

Registrado em: Institucional Educação