Medida proporciona ganhos ambientais e sociais coletivos
O incentivo à implantação de hortas comunitárias em espaços públicos ociosos é tema de Requerimento Nº 417/2019, protocolado no dia 12 de julho pelo vereador Dr. Marcelo Rossi (PSD). O documento, que ainda será lido em plenário, pede à Prefeitura o levantamento de áreas aptas a esse projeto e indaga a possibilidade de parceria com a comunidade fundamentada na lei de gestão compartilhada.
Além de otimizar o que muitas vezes é alvo de vandalismo, abandono e depreciação, Dr. Marcelo justifica que ações neste sentido propiciam ganhos educacionais, ambientais e sociais imensuráveis. “Dentro e fora do país, há vários exemplos de sucesso em projetos semelhantes. No caso de Limeira, uma das propostas é que os idosos sejam engajados nessas iniciativas”, argumenta.
O vereador lembra que o contato com a terra, a socialização e a otimização do tempo trarão benefícios para a saúde física e emocional a essa camada crescente da população. Atualmente, dos 46 mil idosos de Limeira, cerca de dois mil estão inseridos em grupos de Terceira Idade contemplados pelo Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom). “Portanto, pensar em ações que aumentem o envolvimento social dessa população é necessário e urgente” declarou.
O vereador cita ainda que em Limeira existem vários voluntários que já se dedicam às ações semelhantes que, se incentivadas pelo poder público, poderão trazer ainda mais ganhos coletivos. Rossi argumenta que, além de envolver idosos, hortas comunitárias podem servir de cenário para a troca de experiências, incluindo crianças da rede municipal de ensino para a realização de atividades práticas. “Ultrapassar as paredes da sala de aula vai ao encontro das medidas que visam estimular o aprendizado e despertar a consciência ambiental desde cedo”, comenta.
Dr. Marcelo pondera que atividades de cunho social, com doação ou venda das hortaliças produzidas, poderão auxiliar os que mais precisam, fomentando em todos nós o espírito de solidariedade. “É pertinente lembrar que até mesmo pequenos espaços poderão ser utilizados para hortas, como áreas verdes em bairros e centros comunitários, onde já são desenvolvidas atividades de cunho social, além da prática esportiva”, sugere no documento. Segundo o parlamentar, não são raras as queixas de demora para a realização de serviços básicos de corte de mato, que poderão ser menos necessários caso esses locais se transformem em hortas comunitárias.
Rossi lembra que todas as propostas evidentemente deverão ser desenvolvidas sob o crivo técnico de profissionais da Prefeitura, que poderão embasar projetos em parceria com a população e traz experiências em cidades como Maringá e Curitiba. “Na capital paranaense, a agricultura urbana está recebendo respaldo em forma de Lei Municipal nº 15.300/2018 que oficializa a autorização da ocupação de espaços públicos e privados para o desenvolvimento dessas atividades”.
*Informações do Gabinete Parlamentar