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Projeto de lei garante direito de implante contraceptivo de longa duração para mulheres em situação de rua

Proposta é de autoria da vereadora Dra. Mayra Costa

Data de publicação: 25/06/2019 13:46 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Projeto de lei garante direito de implante contraceptivo de longa duração para mulheres em situação de rua
Projeto de lei garante direito de implante contraceptivo de longa duração para mulheres em situação de rua

O direito à realização de implante contraceptivo de longa duração para mulheres em situação de rua e que não desejam engravidar foi aprovado na sessão ordinária dessa segunda-feira, 24 de junho, pela Câmara Municipal de Limeira. De iniciativa da vereadora Dra. Mayra Costa (Cidadania), a proposta foi apresentada por meio do Projeto de Lei 267/2018 e substitutivos.

Entre os parâmetros definidos pela proposta o público-alvo para realização destes implantes serão as mulheres em situação de rua, usuárias de drogas licitas ou ilícitas, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, a própria mulher deverá expressar sua vontade e opção pelo método, dirigindo-se a qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) ou maternidade de referência.

Para garantir o acesso ao implante, o projeto também torna de responsabilidade dos profissionais da rede municipal de saúde, especialmente os que trabalham com a população em situação de rua, a divulgação interna acerca do método e critérios aceitos.

Acrescidos pelo substitutivo, dois parâmetros fazem referência à remoção do implante e recolocação de um novo. A remoção do implante poderá ser feita apenas após solicitação da própria mulher, em conjunto com avaliação de equipe multidisciplinar responsável e só poderá ser implantado um novo, em caso de remoção sem desejo da paciente, mas por condição de risco à saúde da mesma.

O implante em questão é um projeto do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto. De acordo com Dra. Mayra, ele é inserido na região do braço e tem durabilidade de três a cinco anos, com eficácia de mais de 90% na contracepção.

Ainda segundo a vereadora, é o melhor contraceptivo para as mulheres em situação de rua, pois estas muitas vezes não têm o discernimento para realizar acompanhamentos diários ou trimensais. “Trata-se de uma política de cuidados principalmente em relação às usuárias de drogas, sabemos que justamente pela condição de rua e dependência química, essas mulheres ficam doentes e não têm parceiros fixos. As crianças geradas ficarão com as avós ou em instituições de acolhimento, por falta de condições dessas mães para cria-las e nascerão doentes, devido às consequências do uso de drogas”, relatou.