Objetivo dos vereadores é buscar estratégias para amenizar o problema de abandono de animais em Limeira
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara de Limeira esteve em Piracicaba nesta sexta-feira, 31 de maio, para conhecer o trabalho de controle populacional de cães e gatos feito na cidade. O encontro ocorreu na Secretaria Municipal de Saúde. Os vereadores foram recebidos pelo secretário da pasta, o médico Pedro Mello, pelo coordenador de Vigilância em Saúde, Moises Francisco Baldo Taglietta, e pelo coordenador do Canil Municipal, o médico veterinário Paulo Lara.
“A visita foi proveitosa. A equipe da Secretaria mostrou que Piracicaba vivenciou situação semelhante a Limeira e conseguiu alguns avanços em relação à castração, microchipagem e aos programas do controle da população animal nos bairros”, disse a vereadora Dra. Mayra Costa (Cidadania), relatora do processo administrativo formado a partir da denúncia da munícipe Ana Paula Xavier Fiuza. A Comissão apura o abandono e maus-tratos de animais em Limeira, principalmente nos bairros da zona rural.
A reunião também contou com a participação dos vereadores Wagner Barbosa (PSB), presidente da Comissão, e Lu Bogo (PL), vice-presidente. O colegiado agendou o encontro após diálogo com representantes da causa animal, que apresentaram um levantamento sobre castração na região. Segundo o documento, Limeira foi a cidade que realizou menos cirurgias. Em 2018, foram 647, Piracicaba vem em primeiro lugar com 5.021 castrações, seguida de Rio Claro com 4.050 e Cordeirópolis com 2.500 castrações.
“Por meio desse intercâmbio, podemos trazer ações que igualmente podem gerar mais resultados em nosso município. Por outro lado, observamos que Limeira avançou muito em relação à legislação e ao fato de aqui haver um Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal”, explicou Dra. Mayra Costa, que defendeu uma nova conversa entre a Comissão e a Prefeitura. “A ideia é trabalhar da melhor forma dentro dos recursos que temos disponíveis”.
Piracicaba
Durante a reunião, o veterinário Pedro Lara destacou que a educação, a castração, o registro de animais e uma legislação mais rígida são os pilares para o controle populacional de cães e gatos e contra o abandono. Em Piracicaba, o Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura realiza em média 30 castrações por dia. As vagas são distribuídas para as pessoas que fazem o agendamento pelo 156 ou UBS (Unidades Básicas de Saúde), para os protetores independentes, que recolhem e dão assistência aos animais de rua; para ONGs parceiras e para atender a demanda interna.
“Hoje o que há de mais urgente em políticas públicas é a castração. Inclusive conhecemos outras alternativas, como a castração química para o macho, que tem um custo menor e com amplo alcance. Nesse caso, o desafio seria fazer com que a população colabore, uma vez que o animal precisa tomar duas doses e é necessário esse retorno”, citou a relatora.
Também foi apresentado à Comissão de Meio Ambiente o trabalho setorizado nos bairros, por meio de um programa de saturação da demanda de cada localidade, além do trabalho itinerante para alcançar aquelas famílias que têm maior dificuldade de levar o cão ou o gato no local de castração.