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Um terço dos pacientes da Saúde Mental e Policlínica falta a consultas

Comissão de Saúde busca diminuir impacto das ausências, que dificultam eliminar a lista de espera

Data de publicação: 24/05/2019 10:51 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Um terço dos pacientes da Saúde Mental e Policlínica falta a consultas
Um terço dos pacientes da Saúde Mental e Policlínica falta a consultas

O número de faltas de pacientes a consultas foi pauta da reunião da Comissão de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo da Câmara. Somente em 2018, foram contabilizadas 3.411 ausências a atendimentos no Ambulatório de Saúde Mental Adulto. A quantidade de faltas corresponde a 28,3% do total de agendamentos. O cenário é semelhante na Policlínica, onde o acúmulo de ausências a consultas e a exames de diversas especialidades já chega a 20% este ano. Os vereadores ouviram representantes da Prefeitura sobre a gestão dos atendimentos.

Este ano, na Saúde Mental, o chamado absenteísmo (ausência não justificada) às consultas médicas atingiu 36,15%, no primeiro trimestre. No ambulatório de psiquiatria infantil a média de faltas, em 2018 e em 2019, é de 23% e 20%, respectivamente. Os dados da Secretaria Municipal de Saúde foram juntados ao processo que tramita na Câmara, sob relatoria do vereador Dr. Rafael Camargo (MDB).  

Ele citou que um dos impactos das vagas ociosas deixadas pelos pacientes é a impossibilidade de reduzir a fila de espera no acesso à rede de saúde pública. “Para cada falta na consulta, alguém deixou de ser atendido e isso é muito grave”, alertou o vereador Dr. Rafael Camargo, vice-presidente da Comissão de Saúde.

Gestão do atendimento

Samara D' Andréa Freire, representante da Policlínica, e Rachel Raphael dos Santos, coordenadora da Saúde Mental, informaram que a Prefeitura tem buscado, ainda no processo de agendamento, amenizar o prejuízo causado pelas faltas. A gestão dos atendimentos é feita por meio da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), ferramenta do sistema de saúde pública que regula o acesso à rede. 

“Esse sistema de agendamento gera uma filipeta com informações e horários das consultas, nome do profissional, endereço e tudo que é necessário para a consulta. Além disso, com oito dias de antecedência da consulta, é enviado ao paciente um novo lembrete sobre a data, com dados como horário, local”, destacou Rachel, acrescentando que a maior parte demanda para consultas da Saúde Mental é para acesso à receita de medicamentos.

Os pacientes também são orientados a avisar com até 48 horas de antecedência, caso não possam comparecer ao compromisso agendado. O cancelamento pode ser feito por telefone, ligando para (19) 3495-4261. Porém, elas informaram que este retorno não é dado na maioria dos casos.  

A presidente da Comissão, Dra. Mayra Costa (Cidadania), perguntou se já foi realizado algum levantamento para tentar identificar o possível motivo para as faltas dos pacientes. Elas responderam que não houve uma pesquisa neste sentido e que a situação se repete não só na Saúde Mental como em todas as especialidades.

Solução

Em defesa da integração entre Legislativo e Executivo para amenizar os prejuízos causados pelas faltas dos pacientes no serviço de saúde, a vereadora Dra. Mayra sugeriu um diálogo entre a Comissão de Saúde, Políclinica, Saúde Mental, Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Comunicação. O colegiado deliberou o agendamento de uma reunião entre as partes.  

Segundo Dra. Mayra, o objetivo é estabelecer diretrizes para uma campanha de conscientização, além de discutir a possibilidade de criação de uma central de atendimentos, para gerenciar de forma personalizada o agendamento e desmarcação das consultas e exames.  

Fazem parte do colegiado, além da Dra. Mayra, os vereadores Constância Félix (PDT), Erika Tank (PR), Dr. Rafael Camargo (MDB) e Carolina Pontes (PSDB).