Denúncia de falta de profissionais foi apresentada ao colegiado por mães de alunos
A convite da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, a diretora Josiela Zutin Batistella, da Ceief Profª Flora de Castro Rodrigues compareceu à reunião, na tarde desta quarta-feira, 8 de maio, para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de falta de interpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) apresentada ao colegiado por mães de alunos da escola.
Segundo a denúncia feita pelas mães e apresentada à comissão pela vereadora Constância Félix (PDT), que foi nomeada relatora do processo, há poucos interpretes de Libras para a quantidade de alunos surdos atendidos pela escola, fazendo com que haja a necessidade de realizar rodízio desses interpretes nas salas de aula.
Constância Félix questionou a diretora sobre a quantidade de salas de aulas com alunos surdos, sobre a quantidade de interpretes para atendê-las e se a diretora considera a quantidade adequada para realizar o atendimento e, consequentemente, a inclusão das crianças na escola, e se há perdas pedagógicas por conta do rodízio.
Josiela contou que existem sete salas, seis no período da manhã e uma no período da tarde, que atendem 14 alunos surdos, e que a distribuição deles nas salas acontece de acordo com a faixa etária de cada um. Sobre a quantidade de interpretes, ela informou que são três, e que eles realizam rodízio entre as salas de aula, para que todos os alunos contem com apoio dos interpretes.
Quanto ao questionamento sobre perdas pedagógicas, Josiela disse aos vereadores que, mesmo havendo um interprete para cada aluno, não há garantia de aprendizado e inclusão para os alunos, porque é a participação dos professores e da família também é essencial nesse processo. “Para conseguir desenvolver a formação dessas crianças é preciso olhar e trabalhar a deficiência de cada um, para isso é necessário a união da equipe gestora, de professores, de interpretes, para que os estímulos e adaptações que as crianças precisam sejam feitas. O interprete é um mediador, o papel mais importante na sala de aula é o do professor, é ele que vai ajudar a desenvolver a capacidade dos alunos”, argumentou.
A Comissão de Educação e Cultura é responsável por fiscalizar e elaborar parecer sobre todas as matérias relacionadas à educação, ao ensino, a convênios escolares, às artes, ao patrimônio histórico, à comunicação, ciência e tecnologia. É composta pelos vereadores Carolina Pontes (PSDB), presidente; Constância Félix (PDT), vice-presidente; Mir do Lanche (PR), secretário; Clayton Silva (PSC) e Darci Reis (PSD), membros.