Mudança de local do Almoxarifado também foi questionada pelos vereadores
Para apurar denúncias quanto à falta de feijão na merenda das escolas municipais, a Comissão de Educação e Cultura convidou o secretário Municipal de Educação, André Francesco, para participar da reunião desta quarta-feira, 24 de abril. Ele confirmou a falta do alimento, mas disse que a situação será regularizada em no máximo 15 dias. A nutricionista da Divisão de Alimentação Escolar, Renata Chinelatto de Campos também participou da reunião.
Conforme informou o secretário, houve uma sequência de problemas que afetaram a aquisição do alimento pela Prefeitura. Segundo André, a licitação para compra da merenda escolar é feita em lote, anualmente no mês de maio, porém houve impugnação no pregão por parte de um dos licitantes, o que inviabilizou a aquisição do lote em 2018. “Em fevereiro foi feita nova tentativa de compra, mas o item feijão teve o pregão fracassado devido à alta nos preços”, explicou.
André explicou também que a Prefeitura faz aquisição da merenda escolar com estoque reserva de pelo menos seis meses a mais, para eventuais falhas na distribuição e que isso permitiu que as escolas continuassem tendo o item até o dia 15 de abril, tendo ocorrido a falta a partir dessa data, mas que a situação seria regularizada ainda neste mês, pois uma nova licitação já foi realizada.
Os vereadores aproveitaram a presença do secretário para perguntar sobre a mudança de local programada para o Almoxarifado que armazena a merenda escolar, que passaria a ocupar o antigo prédio da Padaria Artesanal no Parque Cidade. O vereador Clayton Silva (PSC) questionou a adequação sanitária do local, uma vez que fica próximo aos estábulos do parque, e também sobre a logística do trafego, devido ao grande fluxo de crianças que brincam ali.
Segundo André, a Vigilância Sanitária já havia dado aval para a instalação do Almoxarifado no prédio e afirmou que o fluxo de caminhões não sofrerá grande alteração, porque boa parte deles já trafegam ali. Renata Chinelatto explicou que a Divisão de Nutrição está instalada na Secretaria de Educação há muito tempo, e que os caminhões com alimentos perecíveis precisam passar por lá para serem vistoriados e só haverá aumento no número de caminhões que levam itens secos. André ressaltou também que a mudança de local gerará economia, uma vez que o atual prédio onde fica o almoxarifado é alugado, e o prédio para onde se mudará pertence à Prefeitura.
Os vereadores pediram ao secretário que apresente cópia de todos os laudos necessários para o funcionamento do almoxarifado antes da mudança e se a Lei de Uso e Ocupação do Solo permite estocamento de alimentos no local.
A Comissão de Educação e Cultura é responsável por fiscalizar e elaborar parecer sobre todas as matérias relacionadas à educação, ao ensino, a convênios escolares, às artes, ao patrimônio histórico, à comunicação, ciência e tecnologia. É composta pelos vereadores Carolina Pontes (PSDB), presidente; Constância Félix (PDT), vice-presidente; Mir do Lanche (PR), secretário; Clayton Silva (PSC) e Darci Reis (PSD), membros.