A pedido do vereador Dr. Marcelo Rossi (PSD), a Prefeitura informou à Câmara Municipal, nessa terça-feira, 9 de abril, que em Limeira existem 1.411 pontos de ônibus, mas apenas 309 (22%) possuem abrigo. Além do déficit, o levantamento mostrou que em 2018 o número de queixas sobre as condições das estruturas aumentou, passando de 35 registradas em 2017 para 47 no ano passado. “Os dados reforçam a situação precária em que se encontra o serviço e suscitam a dúvida: por que tanta demora para a elaboração do plano de mobilidade?”, questiona.

Dr. Marcelo lembra que, em 29 de janeiro deste ano, um abrigo de ônibus desabou no Jardim Santa Amália, causando ferimentos nos usuários. “As consequências poderiam ter sido mais graves e o que é pior, ainda não há previsão de melhorias efetivas no transporte”, completa.

Na resposta ao requerimento, a Secretaria de Mobilidade Urbana alegou que, após o acidente, pediu para a Viação Limeirense intensificar as vistorias nos abrigos. Informou que as manutenções são realizadas a partir das vistorias ou solicitações feitas pelo canal 156. Sobre melhorias, a pasta reiterou que somente ao término do plano de mobilidade haverá diretrizes referentes a infraestrutura, sistema viário, locais de embarque e desembarque, entre outros aspectos técnicos que envolvem o transporte coletivo.

Desde o início da intervenção, em abril de 2017, foram gastos mais de R$ 12 milhões de recursos públicos (subsídio mais gastos complementares) no serviço. “Mas a qualidade piorou e a situação é crítica, com ônibus sucateados e trajetos defasados. Houve até redução da frota”, observa o vereador. “A Prefeitura alega que não fez a licitação porque precisa concluir o plano de mobilidade. Porém, somente em fevereiro foi iniciada uma pesquisa de campo para o plano, ou seja, ninguém sabe quando será feita uma licitação e quando haverá ações concretas de melhorias”, finaliza.

*Informações do Gabinete Parlamentar