Dirigentes apresentaram propostas e contrapropostas em diálogo com Prefeitura
Nessa segunda-feira, 1º de abril, após autorização do presidente da Câmara, Sidney Pascotto, Lemão da Jeová Rafá (PSC), a presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), Eunice Lopes, a Nicinha, usou a Tribuna para falar sobre a Campanha Salarial de 2019. A campanha está acontecendo em parceria com o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), cuja presidente, Erika Monteiro, também recebeu autorização para se manifestar na Tribuna.
Nicinha Lopes
De acordo com Nicinha, a campanha em prol do reajuste salarial dos servidores públicos municipais começou cedo este ano, contudo, o resultado não foi positivo. “Desde 24 de janeiro, tivemos um diálogo com o prefeito. Após os diálogos, protocolamos a pauta (da campanha) e só no dia 12 decidiram conversar com a gente, sendo que dia 1º de março é a nossa data base”, explicou.
Como frisou a representante do Sindsel, a princípio, a Prefeitura ofereceu apenas 1,94% de reajuste, que seria dividido em duas parcelas. Após a oferta do Executivo, segundo Nicinha, o sindicato estabeleceu um movimento de resistência. Sem acordo com os servidores, o governo fez uma nova proposição, oferecendo 3,89% de reajuste, que também seria parcelado em duas vezes. “Foi a pior proposta da nossa história à frente do Sindsel”, afirmou a presidente do sindicato.
Nicinha também informou que a folha de pagamento dos servidores sofreu alterações ao longo dos anos, sendo elevada para 47%, devido ao esforço do sindicato para enfrentar os governos anteriores. Atualmente, de acordo com a oradora, a folha está em 40%. “O prefeito poderia manter a folha nos 47%, mas há um descaso com os servidores”, declarou.
Para Nicinha, o descaso do Poder Público com os servidores municipais pode ser visto também no que concerne ao Estatuto do Magistério. De acordo com ela, o Estatuto está na Câmara para ser votado, no entanto, deveria passar pela análise da categoria antes de tramitar no Legislativo.
Antes de encerrar o seu discurso, Nicinha ressaltou que o objetivo do sindicato é alcançar a valorização dos trabalhadores e pediu a intervenção dos vereadores no assunto.
Erika Monteiro
Por sua vez, Erika utilizou a Tribuna para reforçar a pauta apresentada por Nicinha. Para a oradora, o atual governo encara as despesas com os funcionários públicos como gastos, quando, na verdade, estas despesas são investimentos para a cidade. “Nós não gastamos com funcionários públicos, nós investimos em funcionários públicos, porque ali está a base da nossa Prefeitura”, enfatizou.
A oradora também falou sobre a importância dos serviços públicos. “São os servidores públicos que atendem à população mais fragilizada. É no posto de saúde que chega o munícipe sem remédio, doente, procurando a ajuda da Prefeitura”, destacou. Por isso, segundo Erika, é preciso que haja valorização dos servidores públicos.
Por fim, Erika pediu para os vereadores conversarem com o prefeito, a fim de que as reivindicações dos sindicatos sejam consideradas pelo Executivo.