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Comissão de Meio Ambiente conhece espaço de preservação de abelhas

Mantido pela PM, meliponário urbano abriga projeto de educação ambiental

Data de publicação: 08/03/2019 11:55 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Comissão de Meio Ambiente conhece espaço de preservação de abelhas
Comissão de Meio Ambiente conhece espaço de preservação de abelhas

A Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, representada pelas vereadoras Erika Tank (PR), Dra Mayra Costa (PPS) e Carolina Pontes (PSDB), visitou o Meliponário Ypy, na tarde desta quinta-feira, 7 de março. O espaço público preserva 12 espécies de abelhas meliponas (não possuem ferrão), que são nativas e fazem trabalho indispensável de polinização. O meliponário urbano é mantido pela 5ª Companhia da Polícia Militar, que desenvolve trabalho de educação ambiental com crianças e fica localizado na praça Primeiro de Maio, no Jardim Morro Azul. As vereadoras foram recebidas pelo capitão da PM Costa Pereira, idealizador do projeto.

O que a princípio era um enxame de abelhas, se tornou em base para um trabalho de educação ambiental feito pela Polícia Militar em Limeira. “Tiramos o enxame e colocamos as abelhas numa caixa. Isso acabou dando a ideia de fazermos um meliponário – uma criação de espécies meliponas, que não picam; diferente de apiário - criação de abelhas que picam”, explicou o capitão Costa Pereira. A iniciativa foi colocada em prática em agosto de 2018, a partir de duas comeias de abelhas nativas, dos tipos Mandaguari e Jataí.

Para criar o meliponário, o capitão contou com a ajuda de Daniel Marostegan Doro. “Profundo conhecedor do assunto”, destacou. A proposta também foi apresentada e apoiada pelo secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Limeira, Paulo Trigo. “Recebemos suporte da Prefeitura, que cedeu material reciclável para erguermos o abrigo para as colmeias”.

Placas de rua, postes de energia elétrica, semáforo. Todo material doado, que viraria sucata, foi transformado em recursos para personalizar o meliponário. Isso inclui uma escultura toda feita em metal contorcido que dá forma a uma abelha.

Construído o espaço, doações foram feitas por outros criadores de meliponas. Hoje são 12 espécies preservadas e há mais uma para chegar. “Tem a Bugia, que não habita mais no estado de São Paulo, mas é originária de Mata Atlântica”, descreveu o militar. 

Referência 

“A ideia é atrair crianças para aprenderem sobre o cuidado da espécie e do meio ambiente, além de aproximar a polícia da comunidade”, esclareceu o capitão Costa Pereira. Ele informou que aguarda a elaboração de um projeto pedagógico da Prefeitura com um roteiro de visita de crianças ao local. “O objetivo é tornar o meliponário conhecido e expandir o conhecimento a quase 100% da rede pública, bem como algumas instituições da rede privada”, adiantou.

Além de já ser referência como primeira área urbana deste tipo e como um espaço a mais para preservação e educação ambiental, o criadouro pode se expandir para se integrar uma rede de meliponários.  Segundo o comandante da 5ª Companhia da PM, é dialogada com a Prefeitura a ideia de criar um “cinturão do mel” envolvendo outros bairros, com a criação de novos pontos de preservação de abelhas. Esta é uma das medidas estabelecidas pela ONG “Bee or not to be”, responsável por certificar municípios que aderem à prática, para que Limeira faça parte do projeto Cidade Amiga das Abelhas.

“Sem abelha, sem alimento”

Mais que um lema, da ONG Bee Or Not To Be, a frase é um alerta para a importância de zelar pela vida das abelhas para toda a cadeia produtiva agrícola. “Como exemplo, há uma espécie de maçã que depende da polinização de uma única espécie de abelhas meliponas [sem ferrão]. E algumas espécies dessa abelha já não existem porque não há mais a flor que ela consumia. Assim como há frutas que não existem mais, porque deixou de existir determinado tipo de abelha”, informou capitão Costa Pereira.

A explicação feita pelo idealizador do meliponário é reforçada pela vereadora Erika Tank (PR), que destacou o apoio dos membros da Comissão de Meio Ambiente ao projeto. “É inacreditável o conhecimento que a gente adquire conversando com o capitão sobre a importância do projeto. Até porque se não tivéssemos abelha, em quatro anos não teríamos vida, não teríamos alimento”, ressaltou.

“O objetivo dos vereadores nesta Comissão é incentivar práticas como essa, e dar voz para que medidas assim sejam ampliadas. Se queremos manter toda nossa cadeia de vida, seja cuidando de nossa zona rural, se queremos ter produção de alimentos para nossa merenda, garantir uma saúde melhor, precisamos cuidar da preservação, precisamos ter abelhas”, declarou Erika Tank.

A Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, criada pela Resolução 745/2015, é composta pelos vereadores Wagner Barbosa (PSB) presidente e Lu Bogo (PR), vice-presidente, além de Dra. Mayra Costa (PPS) secretária; Carolina Pontes (PSDB) e Erika Tank (PR), membros.