Vereador cita agravamento de problemas no transporte coletivo; requerimento do parlamentar tem seis assinaturas
Novas denúncias referentes ao transporte coletivo foram apresentadas nesta quarta-feira, 6 de março, ao vereador Dr. Marcelo Rossi (PSD), autor do pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades na intervenção no serviço.
Usuários da linha 6 – Campo Novo relataram que choveu dentro do ônibus, por volta das 18h, e passageiros da linha 105 também citaram vazamento dentro do veículo. Ambas foram encaminhadas com vídeo e foto. “Esses são novos motivos graves que justificam a necessidade de abertura da CPI do Transporte. Falta dignidade e atendimento humanizado neste serviço essencial à população”, declarou o vereador, que em fevereiro vistoriou o terminal, andou em ônibus com bancos soltos e colheu pessoalmente relatos.
Em Plenário, durante a sessão, Dr. Marcelo reiterou o pedido de adesão dos vereadores ao seu requerimento de CPI. Agora, o documento tem seis assinaturas. Além do autor, Constância Félix (PDT), Marco Xavier (PSB), Clayton Silva (PSC), Carolina Pontes (PSDB) e Waguinho da Santa Luzia (PPS) endossam o pedido. Falta uma assinatura para os trabalhos terem início.
Além dos problemas de precariedade, Dr. Marcelo menciona no pedido de CPI a falta de abertura de procedimento administrativo para a nova contratação de empresa através de licitação. Lembra que desde abril de 2017 o serviço está sob intervenção e houve uma contratação emergencial, mesmo após prorrogação contratual com empresa legalmente habilitada para essa finalidade. Aponta posterior rescisão unilateral pela administração pública sem execução do serviço e a destinação orçamentária sem parâmetros legais do subsídio financeiro.
Acrescenta ainda a utilização de imóvel particular para estacionamento de ônibus da frota do transporte sem contrato de locação. “Após quase dois anos de intervenção, já foram gastos mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos, a tarifa chegou a R$ 4, benefícios foram cortados para os usuários deficientes e o transporte continua em péssima qualidade”, alega.
Além de problemas também na acessibilidade, Dr. Marcelo alertou para riscos, citando o exemplo do ônibus da zona rural, onde a bateria do veículo caiu em pleno trajeto. “Não podemos ser omissos. Recentemente, até um abrigo caiu sobre os passageiros”, lembrou.
*Informações do Gabinete Parlamentar