Vereador dr. Marcelo Rossi requisitou diversas informações sobre serviço e Prefeitura não tem previsão de melhorias
Um relatório elaborado pela própria Prefeitura de Limeira mostra que a frota do transporte coletivo diminuiu. A informação aparece em resposta ao Requerimento Nº 729/2018, do vereador dr. Marcelo Rossi, que havia solicitado diversos dados sobre o serviço.
No documento enviado semana passada à Câmara Municipal, a Secretaria de Mobilidade admite redução de 140 ônibus, registrados em 2016, para 130 há quase dois anos. Não há previsão de reposição. No documento, o secretário Rodrigo Oliveira justifica que, deste total, oito veículos foram apreendidos por ordem judicial, desfecho que não foi alterado mesmo com o início da intervenção em abril de 2017. “Isso é muito ruim porque umas das principais reclamações dos usuários é a quantidade insuficiente de ônibus em circulação, acarretando superlotação em várias linhas”, avalia dr. Marcelo. Em relação às linhas, foram retiradas as 410, 420, 430, 440, “as quais não tinham demanda”. A pasta não detalhou informações sobre novas linhas, mesmo em caráter paliativo.
Em seu requerimento, o vereador havia apontado que a elaboração do plano de mobilidade que servirá como base para o novo transporte coletivo de Limeira teve início no dia 25 de outubro de 2018 e o contrato com a empresa responsável tem duração de dez meses. “Por isso, perguntei sobre as medidas que seriam adotadas para melhorar a qualidade do serviço até a abertura do edital, que não tem data prevista. Infelizmente, não tive resposta”, comenta.
Documentos
Outro dado solicitado pelo vereador foi a cópia atualizada do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). Apesar de existir 130 veículos, a prefeitura enviou somente 86 e, deste total, 100% são de 2017. A informação oficial enviada pelo Executivo demonstra que os ônibus estão com a licença vencida. Pelo artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a infração é gravíssima e pode resultar na apreensão e remoção dos ônibus, além da aplicação de multa. Por ser tratar de pessoa jurídica, o CTB determina que o valor seja multiplicado pelo número de infrações da mesma natureza cometidas nos últimos 12 meses.
Essas e outras informações foram requisitadas por dr. Marcelo depois de conhecer a opinião de quase 5 mil pessoas que se manifestaram em uma enquete realizada em sua página na rede social, número que corresponde a 10% dos usuários. Diversos munícipes relataram atrasos, como nas linhas 2, 4, 6, 8C, 103, que ultrapassam 40 minutos de espera.
Ônibus velhos e em quantidades inferiores às necessidades, quebras constantes e superlotação também representam parte significativa das queixas. “As manifestações reforçaram a incompatibilidade da tarifa paga com a qualidade do serviço prestado. Outra observação de extrema relevância dos munícipes é a desproporção de linhas em bairros considerados mais populosos, além de queixas referentes às condições ou ausência dos pontos de ônibus, entre outras”, justifica o parlamentar.
Dr. Marcelo reforçou que o transporte coletivo é um serviço público de extrema importância e há décadas necessita de diversos tipos de melhorias. “Se tiver qualidade, consiste ainda em uma ferramenta de otimização das vias, evitando congestionamentos e outros problemas decorrentes da frota crescente de carros nas ruas, inclusive acidentes”, explica.
*Informações do Gabinete Parlamentar