A apuração sobre suposto uso irregular do kit Roni (acessório para armamentos), adquirido pela Prefeitura em 2017, está em fase final na Comissão de Controle e Fiscalização dos Atos do Poder Executivo. Na reunião desta quinta-feira, 29 de novembro, a relatora do processo, vereadora Constância Felix (PDT) ouviu esclarecimentos do secretário de Segurança Pública e Defesa Civil, Francisco Alves da Silva, e informou que o relatório conclusivo acerca das averiguações será apresentado em até 15 dias.

Durante o processo, foram feitas oitivas, diligência, além de coleta de dados da administração municipal, por meio de ofícios.  “Hoje concluímos a fase de ouvir as pessoas, foram cinco depoimentos no total. Agora, nosso trabalho será estudar todos os dados apresentados e esclarecimentos, para montar o relatório. Acredito que, dentro de uma semana ou até 15 dias, o documento estará pronto com os devidos encaminhamentos sobre o caso”, descreveu a vereadora Constância Felix.

O secretário de Segurança negou haver irregularidade em relação aos kits, tanto na aquisição, como no manuseio dos equipamentos. Ele enfatizou que existe amplo interesse da Guarda Civil Municipal (GCM) em fazer uso dos chamados “kits roni” devido ao impacto intimidatório causado pelos acessórios nas ações de patrulhamento.       

Entenda o caso

O processo de apuração foi aberto pela Comissão em abril deste ano, após recebimento de denúncia feita pelo Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Limeira e Região (Sindiguarda). Segundo a entidade sindical, os equipamentos doados à GCM apresentaram indícios de adulteração e problemas de pane durante testes, além de não terem sido submetidos à permissão de autoridades militares competentes.

A Comissão de Controle e Fiscalização dos Atos do Poder Executivo se reúne às quintas-feiras, às 9 horas. Fazem parte do colegiado os vereadores Mir do Lanche (PR), Constância Felix (PDT), Jorge de Freitas (PEN), Carolina Pontes (PSDB) e Lemão da Jeová Rafá (PSC).