Representante da Rede Elza Tank falou sobre atividades e números da situação de violência
Os 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres foi tema da Tribuna Livre, na sessão ordinária da Câmara, dessa segunda-feira, 26 de novembro. Em nome da Rede Elza Tank de Atendimento Integrado às Mulheres em Situação de Violência, Joice Campos Toniato falou sobre as atividades que estão sendo promovidas na cidade, em atendimento à Resolução nº 599/2015, da vereadora Erika Tank (PR).
Dentro da programação está a realização do 2º Seminário da Rede Elza Tank, que vai abordar o tema "A violência contra a mulher e os meios de enfrentamento", em parceria com a Escola Legislativa da Câmara. O evento será na quarta-feira, 28 de novembro, a partir das 8h30 até às 16 horas, no Plenário.
Já foi realizada, na segunda-feira, 26 de novembro, uma coletiva de imprensa sobre o perfil das ocorrências registradas na Delegacia de Defesa da Mulher de Limeira, no ano de 2017, desenvolvido pelo Departamento de Consultoria Especializada da Câmara. Também no Legislativo já foi aberta a exposição "Violência contra a mulher", que vai até o dia 10 de dezembro.
Além de apresentar a programação, a oradora discorreu dados sobre a violência contra a mulher. "Com uma taxa de 4,8 assassinatos, a cada 100 mil mulheres, o Brasil ocupa a quinta posição com maior índice de homicídios no mundo, em um ranking de 83 nações, segundo dados do Mapa da Violência 2015. O país perde apenas para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Federação Russa", informou. "A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, a cada 90 minutos uma mulher é morta no país, segundo o 9º Anuário de Segurança Pública de 2015."
Joice também apresentou na Tribuna dados sobre a situação de Limeira, com base no estudo produzido pela consultora técnica da Câmara, Amanda Marques de Oliveira. Em 2017, foram registrados 2.884 ocorrências na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município, sendo que 88% eram mulheres. Isso porque a DDM também atende ocorrências contra idosos e crianças. "Tal número chama atenção, sim, e nos desafia a pensar esse assunto como uma questão social, de responsabilidade do Estado e de toda a sociedade", defendeu.
Ela também defendeu o papel da Prefeitura de Limeira no combate à violência, "ofertando programas, projetos e serviços específicos para a atender a demanda", os quais compõem a Rede Elza Tank de Atendimento Integrado às Mulheres em Situação de Violência. Segundo ela, a rede tem como objetivos principais pensar a aproximação dos diversos serviços que compõe a rede, promover a qualificação e capacitação dos agentes envolvidos e desenvolver espaços de formação. A rede é formada por integrantes dos setores de assistência social, saúde, segurança pública, educação, Defensoria Pública, Câmara Municipal, OAB e Poder Judiciário, além de organizações da sociedade civil e conselhos de direitos. "É por meio dessa iniciativa, com a união de saberes e forças que se unem em rede, que o município de Limeira tem avançado em novas conquistas, com a implementação do Botão do Pânico, a Patrulha Maria da Penha, a definição de protocolos específicos de atendimento da mulher em serviços de assistência, saúde e segurança pública".