Vereador fez Moção de Apelo ao Ministério da Saúde devido à falta das doses nos postos
Em resposta à Moção de Apelo para regularização do fornecimento da vacina contra meningite C em Limeira, o Ministério da Saúde informou ao vereador dr. Marcelo Rossi que novembro encerrará com atendimento da cota mensal das doses em todo país, totalizando 1,3 milhões de unidades. Os envios nos próximos meses dependerão do cumprimento de entrega pelo laboratório produtor – Fundação Ezequiel Dias (Funed).
No ofício que chegou à Câmara Municipal na sexta-feira, 23 de novembro, o governo federal admitiu que o encaminhamento da vacina foi parcial em 2018, principalmente entre maio e agosto, quando dr. Marcelo foi procurado por munícipes e confirmou a ausência das doses na Vigilância Epidemiológica. Nesses meses, apenas 10%, 15%, 36% e 72% das cotas mensais foram atendidas respectivamente em todo Brasil. Em setembro, segundo o ministério, o fornecimento foi normalizado e, em outubro, novamente houve falha. Este mês 100% da demanda prevista será atendida. “É essencial que o problema não se repita e as possíveis causas já estejam devidamente sanadas”, comenta dr. Marcelo.
A situação registrada nos meses anteriores é considerada grave pelo vereador, que também é médico. Ao contrário do outro tipo de meningite, que é viral, os pacientes infectados pela doença meningocócica C, transmitida por bactérias, têm mais chances de desenvolver graves sequelas que podem levar à morte. Complicações do sistema nervoso central, podendo levar problemas neurológicos, retardo mental, surdez e cegueira são alguns exemplos comuns.
A vacina Meningocócica C (conjugada) faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e é administrada aos três meses e aos cinco meses, com reforço aos 12 meses. Para crianças que não receberam o reforço com um ano, a vacina poderá ser administrada até os quatro anos de idade.
No relatório técnico enviado ao vereador, o Ministério da Saúde esclarece que o planejamento de aquisição de vacinas é feito com pelo menos um ano de antecedência e preferencialmente no mercado nacional. Cita possíveis causas para o atraso na produção, considerado um processo “extremamente complexo”. Falta de insumos, indisponibilidade de outro laboratório produtor e adequações aos parques fabris às exigências da Anvisa são alguns exemplos.
Com informações do Gabinete Parlamentar