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Combate e prevenção à verminose são tema de debate na Câmara

Doença é negligenciada e afeta o desenvolvimento e capacidade cognitiva das crianças

Data de publicação: 20/04/2018 17:12 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Combate e prevenção à verminose são tema de debate na Câmara
Combate e prevenção à verminose são tema de debate na Câmara

Conscientizar, prevenir e combater a verminose. Esse foi o objetivo de um debate realizado nesta sexta-feira, 20 de abril, na Câmara Municipal de Limeira. O evento foi organizado pela Escola Legislativa Paulo Freire e faz parte da Semana de Conscientização, Prevenção e Combate à Verminose de Crianças e Adolescentes, criada pela Resolução 711/2017.

Participaram do encontro como palestrantes, Dr. Rafael Camargo (MDB), médico e vereador autor do projeto que deu origem à Resolução; Amélia Maria da Silva, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Limeira e Bruna Virgolin Salatti, professora da Faculdade Anhanguera e enfermeira especialista em gestão e saúde da família.

O debate foi aberto ao público, mas teve foco especial nos agentes de saúde que trabalham nos Centros de Saúde da Família e alunos da Faculdade Anhanguera com o objetivo de torná-los multiplicadores de informação. Além de dados sobre a doença, foram apresentados modos de prevenção.

A doença

Segundo os palestrantes, a verminose é uma doença negligenciada e está associada a condições precárias de saneamento, ou de assistência, principalmente no que diz respeito à informação. Bruna Virgolin apresentou estudos demonstrando que a doença possui maior incidência em famílias de baixa renda, com menor nível escolar, e também na zona rural.

Os palestrantes ressaltaram que a verminose é facilmente transmissível a crianças, em função do sistema imunológico imaturo e da precariedade de manutenção de hábitos saudáveis de higiene. Dr. Rafael citou que esse foi o principal motivo que o levou a criar o projeto, uma vez que a doença prejudica o crescimento e desenvolvimento da criança, além de afetar a capacidade cognitiva e de absorção de aprendizagem.

Bruna também informou dados do estudo dizendo que 3,5 milhões de pessoas estão infectadas com a doença e não sabem. Por não apresentarem sintomas, não buscam diagnóstico e não fazem o tratamento. Segundo o estudo, 70,5% das crianças que participaram da pesquisa estavam infectadas.

Sintomas

Os principais sintomas, segundo Dr. Rafael, são: anemia, sonolência, dor abdominal, vômito, diarreia e constipação intestinal – prisão de ventre.

Prevenção

Além de lavar as mãos corretamente, também é necessário higienizar hortaliças, lavando em água corrente antes do consumo e deixando as verduras em imersão numa solução de uma colher de sopa de hipoclorito em um litro de água, também é possível usar água sanitária na falta do hipoclorito. Nos dois casos, após a imersão é necessário enxaguar as hortaliças em água corrente. Outra recomendação é o uso habitual de antiparasitário e de calçados adequados que evitem o contato com o solo.

Para os agentes de saúde, a recomendação foi de realizar ações educativas e orientar, principalmente aos pais, como adotar boas práticas de higiene e manuseio de alimentos, além de incentivar a realização de exames periódicos e realizar o diagnóstico adequado.