Moradores de áreas urbana e rural de Limeira pedem reabertura de farmácias
O fechamento de pontos de distribuição de remédios voltou à pauta de discussão da Comissão de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo em reunião extraordinária nesta quarta-feira, 18 de abril. Os vereadores intermediaram o diálogo entre Prefeitura e moradores das áreas urbana e rural de Limeira, que apresentaram reclamações sobre dificuldades de acesso a medicamentos. Foram relatados problemas de falta de remédios, de qualidade no acolhimento, além de dificuldade de acesso a unidade de distribuição. O secretário Municipal de Saúde interino, Edison Moreno Gil, ressaltou a importância de construir uma solução conjunta.
Após o fechamento de 18 pontos de distribuição de remédios, no ano passado, o assunto foi alvo de reuniões envolvendo moradores dos locais envolvidos e Prefeitura. Em outubro, a Comissão realizou uma audiência pública para fazer um balanço das motivações e o impacto da medida adotada pelo Executivo e o então secretário, Gerson Hansen, explicou que a readequação foi necessária para melhoria da disponibilidade de distribuição de medicamentos, com estrutura física adequada, em salas com temperatura e umidade apropriadas, com profissionais competentes.
Neste ano, o debate foi retomado diante de reclamações apresentadas por moradores que se sentem afetados com a dificuldade de acessar a dispensação de medicamentos. Eles descreveram a falta de remédios, dificuldade de acessibilidade em alguns locais e carência de profissionais habilitados para a entrega dos itens. Estavam presentes munícipes dos bairros Jardim Piza, Jardim Santo André, Belinha Ometto, Jardim Nova Suíça, Nossa Senhora das Dores II e Vista Alegre.
Ao abrir a reunião, o presidente da Comissão, Dr. Rafael Camargo (MDB), passou a palavra para o responsável pela pasta da Saúde. Gil explicou que as mudanças adotadas na distribuição de remédios foi uma decisão tecnicamente correta, mas que provocou um certo desconforto, uma vez que retirou determinados pontos. “As coisas só melhoram se a gente construir conjuntamente, eu venho hoje aqui com a intenção de ouvir, para que nos ajudem como usuários e para que a demanda seja atendida da forma correta”, antecipou o secretário.
Ele citou que para a assistência farmacêutica, por lei, deve contar com a presença de farmacêuticos para acompanhamento, distribuição e dispensação de remédios. Também esclareceu que a reabertura das farmácias é estudada pela Prefeitura, mas que há restrições legais para que a distribuição de remédios possa ser retomada, como a disponibilidade de farmacêuticos, de assistentes de farmacêuticos, além da necessidade de adequação do espaço físico de parte das unidades. Sobre a contratação de profissionais, foi informado pelo secretário o déficit de cinco farmacêuticos e que o processo para atendimento dessa exigência está em andamento.
Para questões denunciadas pelos munícipes, como a demora para disponibilização de medicamentos, o secretário informou que cada caso será avaliado para providências. Gil destacou que a Secretaria reconhece a existência de problemas pontuais que serão resolvidos com a padronização de trabalho das unidades, melhoria de qualidade de atendimento e de acolhimento.
Durante a reunião, os moradores solicitaram à Comissão o agendamento de uma audiência pública, desta vez para defesa da reabertura dos pontos. Em resposta, Edison Gil sugeriu que, antes disso, a população converse diretamente com o prefeito Mario Botion sobre a demanda. Ficou acertado que será agendada uma reunião entre munícipes e o prefeito, com a participação e mediação dos vereadores da Comissão de Saúde.
Fazem parte do colegiado, os vereadores Dr. Rafael Camargo, Dra. Mayra Costa (PPS), Lu Bogo (PR), Dr. Marcelo Rossi (PR) e Marco Xavier (PSB). Também acompanharam a reunião os vereadores Waguinho da Santa Luzia (PPS), Helder do Taxi (MDB) e Mir do Lanche (PR).