Câmara concedeu espaço de fala à presidente do Sindsel para apresentar rumos da paralisação
Em defesa da valorização salarial dos servidores públicos municipais, a presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), Eunice Lopes, falou na sessão desta segunda-feira, 2 de abril, e cobrou a abertura de diálogo para discussão da proposta de reajuste. A líder sindical explicou que a categoria reduziu de 12% para 8% o pedido de atualização salarial, e a Prefeitura mantém a oferta de correção da inflação em 2,84%. Os servidores estão em greve há uma semana e pedem mais atenção do Executivo à reivindicação dos trabalhadores, segundo Eunice.
“O que pedimos este ano foi 12%, uma porcentagem totalmente viável, porque a folha chagaria a uma média de 46% das despesas, visto que o governo pode gastar da receita corrente liquida até 54% da folha”, defendeu a presidente do Sindsel, citando que a o objetivo do Sindicato não é somente o reajuste. “Temos assistido a problemas na administração pública, como a falta de professores, em casos de substituição nas ausências; qualidade de merenda não adequada, estradas esburacadas. O movimento vem se somar com as necessidades do povo Limeirense”.
Eunice citou a importância de uma comissão de vereadores e outros parlamentares terem se colocado à disposição para intermediar a negociação com a Prefeitura. “Não só a comissão, queremos que todos os vereadores se empenhem. São cerca de 800 guerreiros e guerreiros que estão na luta, participando do movimento grevista. Estamos aqui por melhores condições de trabalho e por uma Limeira melhor”, declarou Eunice.
Ela informou sobre a continuidade do movimento e pediu a compreensão para a importância dos trabalhadores no serviço público. “É preciso lembrar que quem presta os serviços direto à população são os servidores públicos. Nenhum governo, ninguém que almejar o cargo de prefeito, não consegue levar uma prefeitura sem médico, sem professor, sem merendeira. Quem acompanha o trabalho do Sindicato sabe que nós levamos as negociações à exaustão. Então o que queremos é que a Prefeitura abra o diálogo para a contraproposta”.
Na sessão desta semana não houve Tribuna Livre devido à realização de sessão solene. Mas o uso da Tribuna foi autorizado pelo Legislativo em caráter extraordinário. “Abrimos uma exceção no regimento, uma vez que não teria Tribuna Livre, devido à sessão solene de hoje. Diante do momento pelo qual passa Limeira, com a greve de servidores, a Câmara de Limeira abre espaço para que a presidente faça uso da Tribuna”, explicou o presidente da Casa, José Roberto Bernardo, Zé da Mix (PSD).