Orador é a favor de Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) no assentamento Elizabeth Teixeira
Em Tribuna Livre nesta segunda-feira, 23 de outubro, o padre Ortodoxo, Luis Kehl, conhecido como Padre Tito, defendeu a execução do projeto de reforma agrária na região do Horto Florestal do Tatu, em Limeira. Ele expôs que, desde 2007, o assentamento Elizabeth Teixeira tem resistido às medidas judiciais que buscam a reintegração de posse movidas pela Prefeitura. Padre Tito justificou que o interesse das famílias acampadas na localidade é utilizar o terreno como área agroflorestal para produção de alimentos orgânicos.
Segundo ele, o acampamento é organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). “A finalidade é criar ali uma agrofloresta para fornecimento de alimentos orgânicos saudáveis para a população Limeirense, em parceria com universidades e instituições de pesquisa, a exemplo do que já ocorre em diversos assentamentos. Em nenhum momento, o MST representa uma ameaça ao município, nem a sua população, nem a ordem pública”, declarou.
O orador fez um apanhado histórico das disputas judiciais, citando que o local pertence à União foi transferida para o Incra pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, por meio de portaria em 2008, para implantação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Elizabeth Teixeira. A Prefeitura de Limeira, no entanto, contesta a cessão, e pede a reintegração de posse pelo fato de a área estar reservada à implantação de aterro sanitário.
“A área que é reivindicada além de já ter sido destinada à reforma agrária, consta ainda no mapa geotécnico do Município como a menos indicada para execução de aterro sanitário, devido a sua topografia, a pouca profundidade do lençol freático e ao tipo de solo extremamente permeável”, afirmou Tito. Ele citou que a portaria do Incra prevê a criação de 150 unidades agrícolas familiares.