Santa Casa e Humanitária enfrentam grave crise, segundo parlamentares
Os vereadores Wagner Barbosa e Marco Xavier, ambos do PSB, recorreram ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) em busca de verbas aos hospitais Santa Casa e Humanitária. Eles estiveram nesta quarta-feira, 21 de junho, em Jundiaí, na entrega da quarta pista de ampliação da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), entre os km 50,8 e km 53,7 no sentido interior, e formalizaram o pedido pelos recursos.
Ainda na quarta-feira, o governo do Estado firmou convênio com 66 prefeituras e entidades na área da Saúde. Ao todo serão repassados R$ 7,178 milhões em recursos. Neste lote são atendidas 41 prefeituras e 25 entidades. Limeira ficou fora da lista. A destinação das verbas inclui equipamentos a hospitais e unidades de saúde, custeio, ambulância e veículo de transporte, por exemplo.
Segundo Wagner, a Santa Casa e a Humanitária enfrentam uma grave crise financeira, que tem comprometido atendimentos, como realização de exames, e que coloca em risco o funcionamento dos hospitais. Juntos, eles atendem aproximadamente 28 mil pacientes por mês, a maior parte pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“A Santa Casa e a Humanitária encaminharam ao meu gabinete o pedido para buscarmos recursos nas esferas federal e estadual. Já conversamos com o deputado federal Luiz Lauro Filho, do meu partido e líder da bancada paulista, que se comprometeu a ajudar. Agora aproveitamos a ida do governador a Jundiaí para solicitar a disponibilização de verbas também pelo governo do Estado”, afirmou Wagner.
O vereador disse que os hospitais são essenciais para o funcionamento da saúde no município, prestando um atendimento diferenciado e que precisa ser não apenas mantido, mas também ampliado. “É preciso recursos para garantir o funcionamento e o bom atendimento que prestam à nossa população”, falou.
No caso da Santa Casa, houve o atraso no repasse de verbas de programas estaduais. Apenas no projeto Santas Casas SUStentáveis, o Estado deixou de repassar R$ 3,24 milhões. Houve ausência de pagamento também para o Pró-Santa Casa. Esta situação, somada a questões como o déficit da tabela SUS, levou o hospital a suspender o PAD (Programa de Assistência Domiciliar), a reduzir o atendimento e a cortar cirurgias eletivas. As contas do hospital estouraram no ano passado em R$ 9,3 milhões.
O mesmo quadro é enfrentado pela Humanitária, que por conta da crise financeira ameaça fechar a maternidade e suspender os atendimentos de ginecologista, obstetrícia e pediatria. A dívida do hospital gira em torno de R$ 10 milhões. “Temos que mudar esta situação e garantir que nossa população não seja a mais prejudicada. Em saúde não podemos fazer cortes, e sim sempre ampliar o atendimento”, declarou Marco Xavier.