Em defesa do envolvimento de jovens em atividades de leitura que estimulem um pensamento crítico, a representante do Instituto Educacional Ginga, Miriam Teresa de Souza, usou a Tribuna Livre na sessão desta segunda-feira, 10. Ela defende o Projeto Literário Limeira Livre de Intolerância, que tem como foco crianças e adolescentes de escolas públicas de Limeira.

“O projeto tem como objetivo fazer com que os alunos reflitam a questões como a violência. Então estamos sugerindo que a escola trabalhe autores como Machado de Assis, Cora Coralina. Além de praticar leitura e interpretação de texto, o aluno vai expor o que pensa sobre determinados temas e refletir a situação na conjuntura social. Sabemos que temos problemas com violência e evasão escolar”, explicou a oradora. 

Falando em nome Instituto Educacional Ginga, Miriam citou que o projeto conta com a programação de apresentações artísticas nas unidades de ensino. “Os alunos farão trabalhos como poesias e teatro que serão expostos nas escolas, e as famílias serão convidadas para que sintam orgulho disso. A ideia não é realizar competição, mas criar oportunidade para que os alunos se envolvam. E desenvolver o pensamento crítico. Temos Fundação Casa e abrigos lotados. Entendemos que uma das razões é o fato de os jovens serem alienados”, revelou. 

Ela informou aos vereadores que a Escola Estadual Castelo Branco já demonstrou interesse em fazer parte do Projeto Literário. “Limeira é uma cidade multicultural, temos que estar preparados para viver com diferentes ideias e tendências. Respeitar não significa concordar, mas saber enxergar as diferenças”, comentou Miriam de Souza, ao chamar a atenção dos parlamentares sobre a importância do Projeto para a construção de cidadania dos jovens de Limeira.