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Campanha Salarial de servidores municipais e Reforma da Previdência são temas na Tribuna Livre

Sindicalistas pedem apoio de vereadores junto ao Executivo Municipal e ao Congresso Nacional

Data de publicação: 21/03/2017 14:38 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


A campanha salarial dos servidores municipais e a Reforma da Previdência foram os temas tratados na Tribuna Livre da segunda-feira, 20. Eunice Ruth Araujo Lopes, presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), e Edivaldo Costa, dirigente da Apeoesp de Limeira, dividiram o tempo regimental de 10 minutos e pediram apoio dos vereadores.

A presidente do Sindsel tratou em particular da Campanha Salarial. A administração ofereceu reajuste de 4,76% nos salários dos servidores municipais; já os servidores, que inicialmente pediram um aumento de 18%, abaixaram o índice para 7%.

Eunice disse não poder desqualificar a proposta do governo porque cumpre uma tabela da administração anterior, mas que 4,76% de aumento só repõe as perdas salarias com a inflação e que os trabalhadores precisam de reajuste real.

“Se a administração mantiver o índice oferecido de 4,76%, o gasto com a folha de pagamento diminui para 44%. Caso o governo aceite os 7% de reajuste, manterá o mesmo índice que a folha alcança hoje, que é 45% do faturamento do município, o que não impactaria os cofres públicos”, afirma a sindicalista.

Ela também considerou como inaceitável, por parte dos sindicatos, permitir a redução no gasto com os servidores e pediu aos vereadores que criem uma força-tarefa para ajudar nas negociações salarias junto ao Executivo, como costumavam fazer nas administrações passadas.

Sobre a Previdência, Eunice disse que a reforma esconde 30 pontos que vão acabar com os trabalhadores, “a terceirização que vem dentro da previdência, é uma delas” e afirma “ninguém mais vai se aposentar, não é só por causa do tempo de trabalho. Ninguém vai aposentar porque não vai estar empregado para poder aposentar”.

 

Edivaldo fala sobre a Reforma da Previdência

O dirigente da Apeoesp de Limeira, Edivaldo Costa iniciou seu discurso pedindo aos vereadores apoio, através de moções, para impedir que o Projeto de Reforma da Previdência seja votado pelo Congresso Nacional. Segundo Edivaldo, com a reforma os trabalhadores vão passar mais tempo trabalhando e as mudanças farão com que mais ninguém se aposente no Brasil.

“Você pode imaginar um policial com 65 ou 70 anos de idade correndo atrás de um jovem? Ou um coletor de lixo correndo atrás de um caminhão, pegando peso, ou mesmo um trabalhador rural cortando cana, aos 70 anos de idade? Não tem como. Você acha que alguém num banco, ou numa indústria vai ficar com um trabalhador até os 70 anos? Não vai. Quando chegar aos 50 anos vai demitir e contratar alguém mais novo”, exemplifica o dirigente.

Apesar de acreditar que a Reforma da Previdência atrapalha muito o trabalhador, ele defende que é necessário fazê-la, mas antes é preciso diálogo entre o governo e a população para chegar a uma alternativa viável.

O vereador Jorge de Freitas (PEN) e a vereadora Dra. Mayra Costa (PPS) informaram que já fizeram moções de apelo e repúdio sobre o tema, para serem mandados ao Congresso Nacional.

 

O que muda na Previdência se a reforma for aprovada

- A idade mínima para se aposentar passa a ser de 65 anos para homens e mulheres.

- Não há mais aposentadoria por tempo de contribuição.

- O tempo mínimo necessário de contribuição, que era de 15 anos passa a ser 25 anos.

- A pensão por morte passa a ser 50% do valor integral e mais 10% por dependente, sendo que o reajuste é desvinculado do salário mínimo.

- É proibido acumular benefícios, ou seja, uma pessoa que recebe pensão por morte e vai se aposentar só poderá ficar com um benefício.

- Trabalhadores rurais, que possuíam critérios diferentes de contribuição passam a ter que contribuir sob as mesmas regras do regime geral da previdência social.