Vereadores consideram que demora para cadastramento no novo sistema gera transtornos para pacientes
Os vereadores Marco Xavier (PSB) e Rafael Camargo (PMDB), membros da Comissão de Saúde da Câmara, além do vereador Hélder do Táxi (PMDB), estiveram na manhã de quinta-feira, 23, na farmácia do Ambulatório de Saúde Mental para avaliar o quadro de superlotação no atendimento a pacientes e buscar soluções para reduzir a fila e dar mais conforto aos usuários. Uma reunião foi feita em seguida com o chefe de Gabinete do Prefeito, Edison Moreno Gil, para pedir providências.
Desde quarta-feira, os pacientes enfrentam problemas com a demora porque precisam fazer o cadastramento no novo sistema de controle de medicamentos – chamado de GEMM (Gestão Estratégica de Materiais e Medicamentos) – antes de retirar os remédios.
A farmácia do Ambulatório de Saúde Mental é atualmente o único local para a dispensação de medicamentos controlados e recebe de 700 a 900 pessoas por dia. Os outros quatro pontos, que funcionavam nos CSFs Planalto, Nossa Senhoras das Dores 1, Parque Hipólito 1 e Cecap, não estão recebendo reposição de remédios.
Entre as situações encontradas pelos vereadores, chamou a atenção a ausência de estrutura para fazer o cadastramento. Apenas uma atendente era responsável por cadastrar os pacientes que chegavam à farmácia.
Outro problema, conforme os vereadores, estava no próprio sistema de senha. Como a maioria dos atendimentos era de pessoas com prioridade (deficientes, idosos, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo e obesos), aquelas que não tinham preferência precisavam aguardar. A espera chegou a mais de três horas. A unidade também não tinha sistema de ventilação adequada. Guardas-civis precisaram ser acionados por conta do tumulto no local.
Para o vereador Rafael Camargo, presidente da Comissão de Saúde, deveria haver um preparo adequado para fazer o cadastramento e a distribuição simultânea dos remédios controlados, com mais funcionários e equipamentos. “Soubemos do problema na farmácia da Saúde Mental e fizemos questão de verificar o que estava acontecendo e buscar soluções. O que queremos é que a população tenha um atendimento digno e adequado”, afirmou.
Ele ainda classificou a situação como “inadmissível”. “Queremos explicações. Houve mudança no sistema, a entrega de medicamentos controlados em outras unidades foi retirada e não há conforto algum para a população”.
Reunião
Durante a reunião entre os vereadores e o chefe de Gabinete do Prefeito, os parlamentares fizeram apontamentos sobre a situação encontrada. “A quantidade de funcionários para cadastrar e distribuir os remédios é insuficiente. Também causou tumulto o fato de o sistema atender apenas os pacientes prioritários e não fazer nenhum revezamento com os não prioritários”, disse o vereador Marco Xavier.
Este foi o caso da monitora Rosana Felizi, 59, que tinha a senha 102 enquanto ainda eram chamados os pacientes com senha 14. “Há 10 anos busco remédio aqui e nunca aconteceu isso. Está uma confusão”, narrou.
Quem também reclamou foi o aposentado Salatiel Lara, 53. Seu irmão já havia feito o recadastramento no dia anterior, mas mesmo assim teve que aguardar. “Sempre pego remédio para minha mãe idosa e meu irmão deficiente, mas é a primeira vez que vejo isso”, falou.
O chefe de Gabinete do Prefeito disse aos vereadores que providências para melhorar o atendimento já estavam sendo tomadas. “Vamos melhorar a informação para as pessoas e levar mais computadores para agilizar o atendimento”, afirmou. O vereador Hélder do Táxi ainda expôs o problema ao secretário de Saúde, Gerson Hansen Martins.
*Com informações do gabinete do vereador Rafael Camargo