Representante Frente Municipal em Defesa dos Direitos Previdenciários refuta PEC do Governo Federal
A reforma da previdência apresentada pelo presidente Michel Temer (PMDB), por meio da Proposta de Emenda à Constituição 287/2016, foi tema da Tribuna Livre do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, Artur Bueno de Camargo Júnior, na sessão ordinária desta segunda-feira (20).
O líder sindical, que representava a Frente Municipal em Defesa dos Direitos Previdenciários, apresentou os prejuízos que a PEC pode causar aos trabalhadores brasileiros. "Se aprovada, o trabalhador deverá ter, no mínimo, 25 anos de contribuição e pelo menos 65 anos para ter acesso à aposentadoria", disse. Ele também criticou o item da PEC que iguala o tempo de contribuição entre homens e mulheres. "Em um país no qual, todos sabemos, as mulheres são obrigadas a deixar o serviço para cuidar das crianças e da casa, estabelecer uma regra igualitária é injusto."
Segundo o sindicalista, a proposta do Governo Federal "ignora a expectativa de vida de muitos brasileiros que é de 65 anos de idade", por isso, para ter aposentadoria integral, muitos terão que trabalhar desde os 16 anos. "O trabalhador, seja homem ou mulher, urbano ou rural, precisará trabalhar para obter a aposentadoria integral, o que torna quase impossível o acesso à um benefício previdenciário digno", criticou o presidente do Sindicato da Alimentação.
Outro ponto citado na Tribuna Livre é a possibilidade que a PEC apresenta de se pagar abaixo do salário mínimo, o que hoje é proibido pela Constituição Federal.
Frente
A frente é composta por 21 entidades da cidade, entre elas, a União Sindical dos Trabalhadores de Limeira (USTL), e tem o objetivo de organizar e conscientizar os trabalhadores acerca da reforma trabalhista. Uma carta de princípios também foi entregue aos vereadores e à população presente na sessão. Segundo o sindicalista, o documento também está sendo entregue de mãos em mãos nas indústrias.