Projeto passará pelas comissões permanentes da Câmara
Um projeto protocolado na Câmara Municipal de Limeira esta semana visa estabelecer diretrizes para atuação da “Patrulha Maria da Penha” na cidade, por meio da Guarda Civil Municipal, assegurando assim o acompanhamento e atendimento das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
A vereadora Erika Tank, autora da proposta, relatou que a atuação da Patrulha será uma importante ação para garantir a união de esforços estabelecidas em Limeira nos últimos anos, que culminaram na criação da Rede Elza Tank de Atendimento Integrado à Mulher em Situação de Violência e do Programa Priscila Munhoz (botão do pânico).
“Quando comecei com a ideia do botão do pânico, havia essa intenção de buscar uma forma de se estender às demais mulheres, com medidas protetivas capazes de trazer mais segurança a elas, mesmo nos casos em que o dispositivo não seja indicado. A Patrulha vem atuar nesse sentido”, reforçou Erika.
A patrulha consiste em visitas periódicas às residências de mulheres em situação de violência para verificar o cumprimento das medidas protetivas de urgência e reprimir atos de violência, além de orientações às vítimas. “Vamos começar mais uma gestão junto à Prefeitura, uma vez que a coordenação, ações, forma de atendimento e organização interna da Patrulha serão definidas por de decreto do Poder Executivo”, lembrou a parlamentar.
O projeto-piloto foi iniciado no ano de 2012, em Porto Alegre, numa parceria com o governo estadual do Rio Grande do Sul, onde os policiais militares se dirigem à delegacia e retiram as denúncias nas quais foram solicitadas as medidas protetivas, identificando os casos mais graves. O deslocamento se dá por meio de viaturas destinadas exclusivamente à Patrulha e os agentes envolvidos passam por capacitação específica para lidar com os casos, recebendo a sensibilização necessária.
Já na cidade de Curitiba (PR), a Patrulha funciona desde 2014 e acompanha cerca de 2,8 mil mulheres, por meio de cinco viaturas com equipes especializadas da Guarda Municipal e da Secretaria da Mulher.
“Vamos novamente buscar parceria com a Polícia Militar para que, em conjunto com a Guarda Civil, possam também dispor de uma equipe específica para esse monitoramento preventivo e que tanta diferença fará na vida das mulheres de nossa cidade”, finalizou a vereadora.
O projeto, que passará por análise das comissões da Câmara, visa ainda a instrumentalização e capacitação da Guarda Municipal no campo de atuação da Lei Maria da Penha, para o correto e eficaz atendimento às mulheres, humanizado e qualificado, observado o respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana, da não discriminação e da não revitimização.
*Informações do Gabinete da Vereadora Erika Tank.