Articulado pela Comissão de Saúde da Câmara, encontro ocorreu nesta terça e debateu situação com membros do Legislativo e Executivo
Com o objetivo de diminuir a evasão de pacientes em consultas e exames no Ambulatório de Saúde Mental, autoridades municipais se reuniram com os vereadores integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, na tarde deste terça-feira, 17, para discutir ações conjuntas para superar o problema.
Além da presidente da comissão, Dra. Mayra Costa, participaram os vereadores Sidney Pascotto (Lemão da Jeová Rafá) e Luís Fernando Silveira (Luisinho Da Casa Kühl). Representando o Executivo, estiveram presentes os secretários municipais Sebastião Pinto de Souza (Mobilidade Urbana) e Alexandre Ferrari (Saúde), além de dirigentes do Ambulatório de Saúde Mental, do Serviço Especializado em Moléstias Infectocontagiosas (Semil), do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom) e do Conselho Tutelar
ESTUDO
O primeiro passo, definiu a reunião, será a elaboração de um trabalho de levantamento de dados e produção de estatística para se descobrir qual o motivo da evasão dos pacientes. De acordo com a coordenadora do ambulatório, enfermeira Camila Regina de Rezende Moreno, dos 7.092 pacientes, existem 3.330 faltantes, somente no primeiro quadrimestre deste ano.
Com o levantamento vai ser possível identificar os pacientes que deixam de ir ao ambulatório por causa da falta de transporte e atacar essa adversidade específica, entende Dra. Mayra. “Esse número é muito alto, se essa evasão acontecesse na escola seria motivo de alarme de todos os setores”, afirmou.
Para o secretário municipal da Saúde, Alexandre Ferrari, o problema da evasão não é exclusivo dos pacientes de saúde mental, mas atinge todos os setores da área. Segundo ele, nas policlínicas e nos serviços de atenção básica, os faltantes chegam “quase a 50%”. “É um fenômeno de crescimento da procura e de diagnósticos, com o aumento de profissionais voltados à saúde mental”, explicou.
PASSE LIVRE
Outra decisão da reunião é assegurar aos pacientes em saúde mental o direito de transporte gratuito, já que alguns podem ser considerados pessoas com deficiência. Atualmente, há uma dificuldade de se obter o passe livre aos pacientes e seus acompanhantes.
Para exemplificar a situação, a coordenadora do ambulatório, Camila Regina, informou que de 20 casos de pacientes com transtorno grave encaminhados pela instituição para receber o transporte gratuito, apenas três foram aceitos. “Apenas um conseguiu no primeiro momento, depois tentamos novamente, colocamos anexo a lei, e conseguimos dois. Em seguida, encaminhamos de novo e conseguimos o terceiro”, expôs a enfermeira.
Os secretários de Mobilidade Urbana e Saúde prometeram se reunir para superar as divergências entre os critérios médicos de indicação do ambulatório para receber o passe livre e as perícias do setor de transporte.
MAIS SERVIDORES
O secretário da Saúde assegurou que, em breve, será realizado concurso público da Prefeitura, ainda em fase de licitação, para o cargo de psiquiatra infantil, para atender a demanda do ambulatório. Também poderá ser contemplada a contratação de um neurologista infantil, de forma direta emergencial.
Ficou agendada uma nova reunião para o dia 7 de junho (terça-feira), às 9h, na Câmara. Dessa vez, o convite será ampliado para representantes das secretarias de Educação estadual e municipal.
Além da Dra. Mayra, Lemão da Jeová Rafá e Luisinho da Casa Kühl, são integrantes da Comissão de Saúde da Câmara os vereadores Aloízio Marinho de Andrade e Lucineis Aparecida Bogo (Lu Bogo), que justificaram suas ausências.