Os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apuração da aplicação de recursos próprios ou de convênios com outras esferas de governo para combate à dengue nos exercícios de 2014 e 2015 até a presente data, bem como a elaboração e a aplicação do Plano de Contingência da Dengue, ouviram durante toda a tarde desta terça-feira, 11, o secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio da Silva, o Luizinho. Foi a 13ª oitiva da comissão que, até o momento, já ouviu representantes dos quatro hospitais da cidade, do Fundo Municipal de Saúde, do Centro de Controle de Zoonoses, da Atenção Básica de Limeira, da Secretaria de Gestão Estratégica, do Centro Municipal de Patologia Clínica, da Vigilância Sanitária, da Vigilância Epidemiológica e da Secretaria de Educação.

Na oportunidade, Luizinho detalhou para os parlamentares todas as ações que foram encabeçadas pela Prefeitura para combater a epidemia de dengue na cidade em 2015, pontuando as reuniões que foram realizadas junto aos hospitais para construir um protocolo integrado e unificado, com a participação ativa da equipe da Secretaria de Saúde. “Temos uma equipe técnica que foi construída nos últimos anos, servidores com mais de 20 anos de administração pública”, declarou ele à CPI.

Sobre o número de agentes disponível para o combate à dengue, Luizinho opinou que era suficiente, “pois nós não apenas tínhamos os agentes, como mobilizamos outros na luta, além dos mais de 1 mil funcionários que se transformaram em agentes e foram às ruas colaborar com o combate à dengue”. Ele se referiu ao “Dia D”, uma das principais ações do Poder Executivo nesse sentido, analisada pelo secretário como “uma lição de cidadania”.

“De toda minha experiência em saúde pública, essa foi a ação mais significativa que já vi numa Prefeitura (Dia D). O servidor público, enquanto instituição, foi para a rua”, afirmou ele à CPI. O secretário falou ainda do trabalho do Hospital da Dengue. “Planejamos o Hospital da Dengue para atender o dobro do número das pessoas que foram atendidas”, completou. De acordo com Luizinho, houve cerca de 10 mil atendimentos no local.

Durante seu depoimento, o secretário argumentou sobre a importância, em sua análise, da publicidade contra a dengue. “A consciência do cidadão é a nossa principal arma contra a dengue”, defendeu.  Ele revelou ainda que será inaugurada, em breve, uma exposição sobre a dengue que estará à disposição de todas as crianças da rede pública. “Continuamos a apostar na educação dentro das escolas”, comentou.

Para Luizinho, é preciso que a população esteja sempre alerta no combate à dengue. “Esperamos não passar por uma nova epidemia e vamos continuar orientando, previamente, como os cidadãos devem agir”.

A vereadora e presidente da CPI, Prof.ª. Érika Monteiro (PT), avaliou que o depoimento de Luizinho foi cheio de detalhes que apresentaram à comissão, de fato, como foi o envolvimento da Prefeitura no combate à dengue. “Sabemos, por meio dos documentos que chegaram e depoimentos que coletamos até aqui, até também pelo que acompanhamos no dia a dia da nossa cidade, quais foram as ações que buscaram combater essa terrível epidemia. Porém, o secretário de Saúde nos apontou qual foi sua postura ao buscar orientar e engajar toda uma cidade nessa luta que não chegou ao fim”, pontuou.

Para ela, agora, há a necessidade dos vereadores da CPI se reunirem para analisarem, juntos, quais serão os próximos passos dos trabalhos.  “Prezamos sempre por decisões conjuntas. Podemos ter diferenças políticas ou de opiniões, mas buscamos, na medida do possível, o consenso. Queremos que que nosso trabalho apresente bons resultados à população”, garantiu.

Fazem parte da comissão também os vereadores José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSD), autor do requerimento que instaurou a CPI na Câmara, Wilson Cerqueira (PT), relator do grupo, José Eduardo Monteiro Júnior, o Jú Negão (PSB), e Erika Tank (Pros).

A próxima reunião da CPI ocorre na terça-feira, 18, a partir das 14h30, na Câmara. O prazo para a conclusão dos trabalhos é dia 15 de setembro.