As vereadoras Erika Tank (Pros) e Dra. Mayra Costa (PPS), da Comissão de Assuntos Relevantes da Câmara Municipal de Limeira que trata sobre a Humanização do Parto, se reuniram na manhã da última quarta-feira, 1º de julho, com os médicos Luiz Pedro Prada e Alexandre Provinciatto, do hospital Medical, para apresentar o projeto de Erika que permite a presença de doulas em partos realizados nos hospitais de Limeira.

A propositura tramita na Câmara desde maio e já chegou a ser inserido na pauta da Ordem do Dia para votação. No entanto, a parlamentar solicitou o adiamento para explicar melhor a intenção da matéria aos representantes dos hospitais e médicos.

“Queremos justamente unir os dois lados para que seja algo passível de concretização e não apenas uma lei impositiva. Tanto é que iremos apresentar uma emenda ao projeto, garantindo às instituições a abertura de cadastro de doulas para atuação regulamentada dentro de suas normas e rotinas”, explicou Erika.

Com essa adaptação ao projeto original, o cadastro deverá ser acompanhado de carta de indicação de profissional médico ou dados comprovando o acompanhamento e atuação da pretendente como doula. “Caberá ao hospital o processo de integração e apresentação dos regulamentos internos, protocolo e fluxo da doula, desde a entrada na instituição até sua saída. Assim, teremos uma atuação mais coesa e benéfica à gestante”, reforçou a vereadora.

“Além disso, pudemos conversar melhor sobre toda a temática que envolve a humanização do parto em Limeira. Foi muito válido esse primeiro contato e seguiremos conversando também com outros hospitais”, garantiu a autora da propositura que criou, em abril, a comissão no Legislativo limeirense. Fazem parte ainda do grupo as vereadoras Prof.ª. Érika Monteiro (PT) e Lucineis Aparecida Bogo (Lu Bogo - PR).

DOULAS

Conforme descrito na Classificação Brasileira de Ocupações, define-se como doula a acompanhante de parto escolhida pelas gestantes para prestar suporte contínuo no ciclo gravídico puerperal, favorecendo a evolução do parto e bem-estar. Para isso, é preciso certificação ocupacional em curso para essa finalidade.

Pela proposta de Erika Tank, essas profissionais poderão entrar nos recintos hospitalares com instrumentos como bolas de fisioterapia, massageadores, bolsa de água quente, óleos para massagens e banqueta auxiliar para parto. No entanto, fica vedada a realização de procedimentos médicos ou clínicos, como aferir pressão, avaliar a progressão do trabalho de parto, monitoramento de batimentos cardíacos fetais ou administração de medicamentos.

“A questão do parto humanizado não pode ser entendida apenas como uma série de detalhes externos a serem seguidos na hora do parto. A humanização é um processo que envolve diversas ações sociais e médicas e pretendemos promover o diálogo entre todos os envolvidos nessa questão para que possamos chegar num consenso aceitável”, finalizou a parlamentar.

***Informações do Gabinete da Vereadora Erika Tank (Pros).