Em apoio à atitude da vereadora Teresa Brito (PV), de Teresina, a parlamentar Lucineis Aparecida Bogo (Lu Bogo – PR) protocolou moção ao projeto que sugere o batismo da Lei do Feminicídio com o nome de Danielly Rodrigues Feitosa. A moção já foi aprovada pela Câmara.

De acordo com Lu Bogo, o ato de nomear o projeto de “Danielly” representa alento e uma forma de justiça à família e demais sobreviventes do estupro coletivo, para que “não seja esquecida a crueldade que atingiu as vítimas”. “Práticas assim devem ser combatidas cada vez mais, com medidas severas que mostrem o compromisso da sociedade com esse tema”, considerou a parlamentar.

A vereadora justificou ainda que com a Lei do Feminicídio as brasileiras conquistam mais um instrumento para garantir uma vida livre de violência, tendo a integridade da mulher defendida pelo Estado. De acordo com estatísticas apresentadas na moção de Lu Bogo, 500 mil mulheres são vítimas de estupro no país, porém 10% dos casos chegam ao conhecimento das autoridades, o que leva o país a ocupar o sétimo lugar com mais casos de violência contra a mulher.

CASO

Conforme consta na moção de Lu Bogo, em 27 de maio, no Piauí, quatro adolescentes com idades entre 15 e 17 anos foram estupradas, amarradas, espancadas e arremessadas de um penhasco com mais de 10m de altura. A jovem Danielly Rodrigues Feitosa não resistiu aos ferimentos e morreu em 7 de junho, tendo sofrido esmagamento do lado direito da face, lesões pelo pescoço e traumatismo torácico.