CPI coleta novos depoimentos

Coordenadoras da Atenção Básica e do Centro de Controle de Zoonoses falaram com vereadores; responsáveis pelos hospitais serão intimados

Data de publicação: 23/06/2015 19:02 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


A enfermeira coordenadora da atenção básica de Limeira, Giovana D´Andrea De Nardi, e a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, prestaram seus depoimentos para os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apuração da aplicação de recursos próprios ou de convênios com outras esferas de governo para combate à dengue nos exercícios de 2014 e 2015 até a presente data, bem como a elaboração e a aplicação do Plano de Contingência da Dengue, na tarde desta terça-feira, 23, no Plenário Vereador Vitório Bortolan. A CPI é presidida pela vereadora Prof.ª. Érika Monteiro (PT), formada também por Erika Tank (Pros), Wilson Cerqueira (PT), José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSD), e José Eduardo Monteiro Júnior (Jú Negão – PSB).

Giovana, que foi a primeira a depor dentro da CPI, destacou que a epidemia da dengue foi atípica na região sudeste, mas que não houve falta de medicação no Hospital da Dengue criado para atender pacientes. “No Hospital, em momento algum faltou medicamento, como o soro, o antitérmico e outros. Os pacientes não lidaram com falta de medicamento para o tratamento da dengue”, afirmou.

Questionada sobre compras relacionadas à demanda no período, Giovana não soube informar como são realizadas, “por estar mais ligada aos procedimentos de atendimento e treinamento”, mas garantiu que, ao solicitar os medicamentos, era prontamente atendida.

Já acerca do atendimento dentro do Hospital da Dengue, a coordenadora da atenção básica declarou que, de fevereiro a maio, foram atendidos em média 10 mil pacientes. Durante seu depoimento, ela também pontuou aos vereadores como eram os atendimentos para os grupos, divididos em A, B, C e D, sendo que os primeiros são os pacientes com sintomas mais leves.

Giovana contou para os integrantes da CPI que foi pessoalmente a todos os hospitais para verificar a demanda e percebeu que, à noite, o atendimento era mais tranquilo, sendo que, segundo ela, os próprios hospitais conseguiam absorver, justificando o fato do Hospital da Dengue não oferecer serviços 24h.

“Todas as equipes da Secretaria de Saúde e das Unidades Básicas fizeram todos os esforços possíveis para dar maior conforto aos pacientes no momento do atendimento”, finalizou.

Pedrina foi a segunda testemunha a ser ouvida. Ela explicou os procedimentos adotados pelo Centro de Controle de Zoonoses, norteados pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), e também pontuou dados acerca da elaboração do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). “Ele é feito em três momentos e tem o objetivo de nortear os trabalhos dos municípios”, disse.

Segundo Pedrinha, o LIRAa de janeiro de 2015 não foi concluído, pois quando foi iniciado, cerca de 2000 imóveis foram visitados, mas como o município já se encontrava em epidemia, foi recebida orientação da Sucen para que os trabalhos de avaliação fossem suspensos e os esforços pudessem ser concentrados na epidemia.

Sobre a atuação do Centro de Zoonoses na prevenção e no combate à dengue, Pedrina explicou que o papel do departamento é em relação ao vetor, ao mosquito. “Temos o trabalho de campo e de informação, comunicação e prevenção, durante todo o período”, disse. Para ela, as dificuldades no combate à dengue estão na mudança de hábito da população para que sejam evitados criadouros dentro dos imóveis.

Assunto bastante abordado durante a epidemia de dengue vivida na cidade, Pedrina também falou sobre o fumacê, elencando as diferenças do método em relação à nebulização. “O fumacê é realizado com equipamento acoplado em um veículo que percorre as ruas distribuindo a fumaça e a nebulização é feita por equipamento costal, de imóvel em imóvel”, ponderou. “O fumacê não foi realizado, porque desde 2001 a Sucen não o recomenda, por conta da característica do vetor que fica dentro das casas, levando em consideração ainda os danos causados ao meio ambiente e à saúde da população”, completou.

 

NOVOS DEPOIMENTOS

Novas oitivas ocorrem nos próximos dias 7 e 14, a partir das 14h, no Plenário Vereador Vitório Bortolan. No dia 7, representantes da Medical e Humanitária colaborarão com a apuração dos vereadores. Já no dia 14, depõem representantes da Santa Casa e Unimed.

Nesta quarta-feira, 24, o diretor de Planejamento e Gestão de Saúde, e do Fundo Municipal da Saúde, Luiz Roberto da Silva, será ouvido, a partir das 15h.

Com as oitivas de Giovana e Pedrina, somam-se sete depoimentos prestados à CPI até o momento.