Primeiras oitivas da CPI da Dengue acontecem

Próxima reunião, de trabalhos, é na terça-feira que vem

Data de publicação: 26/05/2015 18:10 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apuração da aplicação de recursos próprios ou de convênios com outras esferas de governo para combate à dengue nos exercícios de 2014 e 2015 até a presente data, bem como a elaboração e a aplicação do Plano de Contingência da Dengue, ouviram na tarde desta terça-feira, 26, a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica de Limeira, Amélia Maria Pereira da Silva, e a diretora pedagógica da Secretaria da Educação, Isabel Cristina Rossi Mattos.

Amélia trouxe aos vereadores diversos dados acerca da situação da dengue no município. “Estamos enfrentando um dos tipos de vírus 1 e este é um vírus que se propaga muito rápido”, pontuou. Segundo ela, a epidemia foi “atípica” e o Plano de Contingência foi revisto para aumentar o número de agentes que não era adequado para aquela situação, com a finalidade de atuar no campo, também houve a compra de cadeiras para a hidratação dos pacientes e a disponibilidade do Hospital da Dengue. “A epidemia aconteceu de uma forma muito intensa e mesmo assim a revisão da estrutura pode não ter conseguido dar conta”, completou.

Sobre a divulgação do número de casos da dengue, Amélia garantiu que não houve qualquer restrição quanto ao assunto e que é ela mesma a responsável por repassar esses dados à imprensa. “Temos um número muito grande de fichas e com isso, ao final da epidemia, o número de casos poderá ser maior, já que temos muita gente que não colheu a sorologia”, explicou. A enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica chamou atenção quanto à importância da prevenção e da luta pelo combate à dengue, eliminando os criadouros do mosquito.

A segunda testemunha a ser ouvida pela CPI foi Isabel, que esclareceu aos vereadores quais foram as orientações repassadas à Secretaria de Educação para que o combate à dengue fosse inserido na rotina das instituições de ensino municipais. “Na verdade, todos gostam de pedir às escolas que desenvolvam campanhas educacionais e nós nunca nos furtamos a fazer parte e engrossar campanhas educativas, já que as crianças são os melhores agentes dentro dos lares”, comentou. “Desde o ano passado, com o aumento da dengue, as escolas usaram de muita criatividade, como cartilhas, desenhos, passeatas e jingles, para que as campanhas fossem inseridas no seu cotidiano”, completou Isabel.

Já sobre as vistorias nas escolas, Isabel disse que foi realizado um grande encontro com diretores e coordenadores e posteriormente foram agendadas palestras nas escolhas. “Não houve muita dúvida quanto às vistorias”, reforçou.

Ainda acerca dos recursos para o material educativo trabalhado nas escolas, Isabel respondeu à CPI que até onde se lembrava, desde 2006 os panfletos são feitos em conjunto com a Secretaria de Saúde. “Mas as cartilhas e os panfletos foram com verbas da Secretaria de Saúde”, finalizou.

Na análise da presidente da CPI, Prof.ª. Érika Monteiro (PT), as primeiras oitivas foram pertinentes e esclarecedoras, pois os dados apresentados aos vereadores vieram de servidoras que entendem muito sobre os assuntos que as levaram à Câmara. “Dados técnicos e explicações detalhadas sobre a situação da dengue, tanto no ponto de vista da Vigilância quanto da Educação, foram certamente fundamentais para que nós cinco pudéssemos entender melhor o que já temos estudado minuciosamente na documentação enviada pela Prefeitura à comissão”, declarou.

Além da Prof.ª Érika Monteiro, são integrantes da CPI Wilson Cerqueira (PT), Erika Tank (Pros), José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSD), e José Eduardo Monteiro Júnior, o Jú Negão (PSB). Na próxima terça-feira, 2, às 14h30, ocorre nova reunião de trabalhos.