Comovidos com a situação dos professores no Paraná, cinco vereadores redigiram uma moção de apoio aos profissionais da educação. Segundo os autores da matéria,  Prof.ª. Érika Monteiro (PT), Aloízio Marinho de Andrade (PT), professor José Farid Zaine (Pros), Ronei Costa Martins (PT) e Wilson Cerqueira (PT), “os professores foram brutalmente atacados pela Polícia Militar, com exceção dos 17 policiais que se recusaram a cumprir tal ordem”. Professores e servidores públicos tomaram as ruas de Curitiba a fim de evitar limitações de recursos destinados à educação pública. Durante a manifestação, mais de 200 pessoas foram feridas – sendo a maioria professores – entre eles, oito em estado grave.

Os professores ocuparam a Assembleia Legislativa, forçando uma manobra para que os deputados avaliassem o teor do projeto de lei relacionado aos recursos para a educação pública com mais tempo. “A ação ficou conhecida como revolta do giz, mostrando indignação contra um governo que prometeu ampliar recursos à educação e fez o contrário, cancelando concursos públicos de professores”, relatou a Prof.ª. Érika Monteiro.

Os autores da moção sustentam que seja inadmissível que os trabalhadores continuem sendo agredidos, violentados e tendo seus direitos reprimidos ao buscar defender seus interesses e buscar melhorias de condições de trabalho e vida. “É amplamente notado ainda o retrocesso nas políticas públicas educacionais, a desvalorização dos docentes e o sucateamento das escolas”, consideraram eles.

A moção ressaltou ainda que o direito a greve está previsto na Constituição Federal de 1988, garantindo o exercício de greve por agentes públicos civis. “Devemos repudiar todo e qualquer ato de repressão contra manifestações pacíficas que são direito de todo cidadão em um regime democrático”, defenderam os parlamentares.

Os vereadores acrescentaram que os professores foram responsáveis por ensinar a todos os brasileiros o poder da mobilização e da classe trabalhadora, que não se calam e não se intimidam frente ao abuso de poder exercido com violência. “Merecem todo o nosso respeito, admiração e agradecimento”, concluíram os parlamentares em moção.