Palestras, exposições, debates e mesas de trabalho com a temática violência de gênero deverão ser fomentadas dentro da Câmara Municipal de Limeira, conforme projeto de resolução, de autoria da vereadora Erika Tank (Pros), que institui a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, aprovado pelos vereadores na Sessão Ordinária desta segunda-feira, 9.

Segundo a matéria, a campanha deverá ocorrer entre os dias 25 de novembro, quando se é celebrado o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos), com ênfase no dia 6 do último mês do ano, que é o Dia da Mobilização de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Haverá uma comissão formada por três vereadores que idealizará e organizará as ações pertinentes ao assunto, com o apoio da Procuradoria Especial da Mulher e Escola Legislativa Paulo Freire.

Erika Tank explicou que, em 1991, mulheres de diferentes países iniciaram a campanha “16 Dias”, com os objetivos de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. A ação foi articulada pelo Centro de Liderança Global de Mulheres. “Atualmente, cerca de 150 países desenvolvem essa campanha e no Brasil se é realizada desde 2003, por meio de ações de mobilização e esclarecimentos sobre o tema em diversos setores”, pontuou a vereadora.

Na justificativa do projeto, é esclarecido que uma das ações mais significativas acontece no dia 6 de dezembro, já que a data remete a um acontecimento ocorrido em 1989, em Montreal (Canadá), quando um homem invadiu uma sala de aula de uma escola politécnica, ordenou que os homens se retirassem e assassinou 14 mulheres. Ele deixou uma carta em que afirmava que não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino. “O crime mobilizou a opinião pública do país, promoveu um debate sobre desigualdades entre homens e mulheres e motivou um grupo de homens canadenses a criar a Campanha do Laço Branco”, disse a parlamentar.

“O movimento se expandiu para todo o mundo e tem a missão de promover a igualdade de gênero, relacionamentos saudáveis e uma nova visão de masculinidade. O laço branco foi adotado como um símbolo de jamais cometer um ato violento contra as mulheres e de não fechar os olhos frente a essa violência”, finalizou Erika Tank.