Reunião ocorreu nesta quarta
O secretário de Obras e Urbanismo da Prefeitura, Alex Rosa, conversou com os vereadores que fazem parte da Comissão de Assuntos Relevantes para promover estudos sobre a viabilidade ambiental e os impactos da implementação do sistema de Dutoviário do Etanol, na tarde desta quarta-feira, 12, na Câmara. Estiveram presentes os vereadores Jorge de Freitas (SDD), que é presidente da comissão, e os membros da comissão Erika Tank (Pros), professora Érika Monteiro (PT) e José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSD). A parlamentar Lucineis Aparecida Bogo, Lu Bogo (PR), também participou da atividade.
Na oportunidade, Alex Rosa apresentou o parecer preliminar feito pela Prefeitura, com ponderações acerca da instalação do alcoolduto e contrapartidas ambientais registradas pelo munícipio à empresa responsável pelo projeto, a Logum Logística, para “emparedá-la”. Até o momento, segundo o secretário, não houve manifestação da empresa. “É preciso, agora, aguardar um posicionamento da Logum quanto às contrapartidas e medidas mitigadoras e compensatórias que foram apresentadas pelo município. Cumprindo esses requisitos, seria vantajoso para a cidade; caso contrário, não”, disse o secretário. Entre as ações a serem feitas pela empresa, defendidas pelo governo, estão a elaboração, apresentação e doação à municipalidade de projeto para a Rodovia de Conexão (trecho Anhanguera-Bandeirantes); a recuperação e a manutenção das estradas rurais localizadas na Área de Influência Direta; o monitoramento da qualidade das águas dos corpos de água superficiais atravessados pelo dutovia e dos projetos de recuperação ambiental da área do projeto; e a restauração, por dois anos, das Áreas de Preservação Permanente sem vegetação nativa e o enriquecimento da floresta ciliar das áreas degradadas localizadas na Macrozona Rural de Proteção aos Mananciais.
De acordo com o site da Prefeitura, o alcoolduto é um projeto do governo federal inserido no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que visa a construção de uma imensa tubulação para o escoamento da produção de etanol. O objetivo é promover a interligação de Goiás e Minas Gerais até Paulínia (SP) e dessa cidade até o Porto de Santos, de onde o etanol poderá ser exportado.
Jorge de Freitas, ao falar sobre os trabalhos da Comissão na Câmara, disse que os vereadores estão sensíveis à causa e preocupados com essa situação. “Não posso dizer, agora, se sou contra ou a favor, embora seja contra qualquer ação que traga impactos ambientais negativos, nesse caso, com possíveis vazamentos nas nascentes. A ideia é que a comissão debata o alcoolduto com a população e a Prefeitura, colaborando, por meio de um relatório que será apresentado posteriormente, com avanços para o tema”, declarou Freitas.
PROPRIETÁRIOS RURAIS
Paulo de Tarso Paro é um dos participantes da reunião da comissão. Ele representa os proprietários rurais. Paro, em nome desses proprietários, disse ser contrário ao traçado proposto pela Logum. Entre as situações que endossam sua opinião, estão o impacto ambiental trazido pelo projeto atual do alcoolduto, o corte nas propriedades sem critérios e a passagem próxima aos córregos e nascentes.