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Bancada do PT propõe moção de apelo ao governo em fim à violência no ambiente escolar

Aloízio de Andrade, Prof.ª Érika Monteiro, Ronei Costa Martins e Wilson Cerqueira propõem moção de apelo em prol ao fim da violência nas escolas

Data de publicação: 25/04/2014 15:09 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Bancada do PT propõe moção de apelo ao governo em fim à violência no ambiente escolar
Bancada do PT propõe moção de apelo ao governo em fim à violência no ambiente escolar

A bancada do PT da Câmara Municipal de Limeira, formada pelos vereadores Aloízio de Andrade, Prof.ª Érika Monteiro, Ronei Costa Martins e Wilson Cerqueira, apresentaram no último dia (8) uma moção de apelo ao governo Federal, Estadual e Municipal, solicitando que as políticas públicas propositivas tragam um fim à violência no âmbito escolar.

De acordo com os vereadores, a fronteira entre escola e violência das ruas deixou de existir, pois atos de vandalismo, agressões, confrontos entre gangues, tráfico de entorpecentes e até assassinatos passaram a fazer parte do cotidiano do ambiente de estudos. Mediante ao assunto, os autores da moção consideram os fatos de violência escolar ocorridos em Limeira nos últimos dias. O primeiro caso ocorreu no dia 3 de abril de 2014 quando uma professora foi agredida fisicamente pela mãe de um aluno por dar orientações de comportamento em sala de aula. O outro acontecimento se sucedeu no dia 8 de abril. Na ocasião, uma adolescente de 15 anos, estudante da escola Castelo Branco, foi espancada por outras alunas, sem motivos aparentes. Preocupados com ambos os casos e com a situação de agressividade física e verbal dentro das escolas, partiu dos vereadores criar uma moção de apelo aos governos para que os problemas de violência cheguem ao fim.

“A violência escolar tem se constituído, nos últimos anos, em um problema social, divulgada e explorada pelos meios de comunicação, tornando-se tema de debate público, e sendo um fenômeno que possui determinações complexas, trazendo, portanto, à baila a relação de professor-aluno, aluno-aluno, pais-aluno, pais de aluno-professor, que assumem, em algumas situações, uma certa dramaticidade”, enfatiza Aloízio de Andrade.

“A intensificação dos conflitos, que acabam por gerar uma espécie de guerra não declarada, se tem apenas como perdedores, os professores, seja pelo estresse físico ou psíquico a que eles estão submetidos, e também os alunos, por terem â sua frente mais um obstáculo na produção de seu conhecimento, imprescindível para o papel de cidadania”, enfatiza a Prof.ª Érika Monteiro.

“A escola, que chegou a ser chamada de segundo lar, aparece hoje, na visão de alguns como local perigoso, onde não há previsibilidade sobre o que pode acontecer. Portanto, a violência nas escolas não pode ser analisada com naturalidade, de forma banal, como se fosse uma modalidade de violência juvenil, onde brigas, furtos e agressões verbais sejam considerados fatos corriqueiros, banalizando assim a violência e sua legitimização como mecanismo de solução de conflitos”, diz Cerqueira.

“A preocupação com este problema não é recente, pois no final da década de 1990 o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, a APEOESP, já tinha feito uma pesquisa sobre violência escolar e obteve índices altíssimos. Segundo a pesquisa da época feita nas escolas estaduais do Estado de São Paulo, 72% dos alunos já haviam brigado, 57% haviam ameaçado, 29% estavam envolvidos com tráfico de drogas e 3% portavam armas de fogo. A pesquisa também apontou que as maiores vítimas da violência escolar são alunos em primeiro lugar e professores em segundo. Pelos casos ocorridos em Limeira, essa situação apenas se agravou nos últimos anos. Portanto, eu e os parlamentares da bancada PT propomos à moção de apelo em prol da segurança escolar”, frisa Ronei Martins.