O ex-secretário de Obras de Limeira, Celso Gonçalves, responsável pela pasta de setembro de 2007 até o mesmo mês de 2012, foi ouvido pelos vereadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Aeroporto, na tarde desta sexta-feira (13), no Plenário da Câmara Municipal. Na oportunidade, ele explicou aos parlamentares como funciona o trâmite da Prefeitura em relação às licitações, já que um dos eixos da investigação da CPI também contempla essa modalidade relacionada às obras do aeroporto.

“É o Departamento da Prefeitura, denominado DGS (Departamento de Gestão de Suprimentos), que cuida das licitações. Após pareceres de outros órgãos e do Jurídico, tramitam até serem assinadas, homologadas e adjudicadas para serem publicadas, dando início ao trabalho da Secretaria de Obras, que emite a ordem de serviço para o andamento”, disse Gonçalves. Segundo ele, em 2007, houve a etapa da terraplenagem e depois, em 2011, do fechamento da área com alambrado. “A intenção dessa construção está relacionada à importância para o Estado de São Paulo, lembrando que oferece um grande atrativo, facilitando que empresas se instalem, aumentando o PIB (Produto Interno Bruto)”, afirmou.

Sobre o ofício da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), enviado à CPI, informando que estava aguardando as exigências solicitadas para a continuidade das obras, Gonçalves disse que isso não impede a continuidade da obra. Ele esclareceu que, durante a sua gestão, a obra ficou parada em período de chuvas, cerca de 6 meses. “Nesse período, não foram feitas medições, mas elaborei um processo anexado ao principal, tendo sido encaminhado ao prefeito da época e também para o Jurídico”, completou.

Segundo o ex-secretário, a pavimentação da pista não é igual a de um  asfalto de rua. “Trata-se de um trabalho complexo”, declarou. “Eu entendo que o aeroporto está regular e se algo pode ser melhorado, é só alterar o projeto”, opinou.

O vereador Jorge de Freitas (PPL) levou aos vereadores uma planilha pluviométrica informada pela Faculdade de Tecnologia da Unicamp, comparando as medições diárias de chuvas no período de 2010 e 2011. Os dados concluem que mais de 80 dias foram trabalhados com chuvas de pelo menos 5 mm/dia.  

Para o presidente da CPI, José Eduardo Monteiro Júnior (Jú Negão – PSB), entender o processo licitatório da obra é de extrema relevância, já que, dessa forma, a apuração dos documentos já enviados pelo Executivo fica mais clara.

Além de Freitas e Jú Negão, fazem parte da CPI os vereadores Wilson Cerqueira (PT), Dr. Raul Nilsen Filho (PMDB) e Lucineis Aparecida Bogo (Lu Bogo – PR). O prazo para a conclusão das atividades da CPI é 02 de dezembro.