Na manha desta sexta-feira (11/05) os vereadores Carlos Rossler (PRP), e Ronei Costa Martins (PT) realizaram visitas a duas escolas da rede municipal de ensino para conferir qualidade dos alimentos servidos às crianças.
A primeira visita ocorreu no Centro Infantil Profª. Mariana Seleghin Pereira, localizado no Jardim Bandeirantes. Ao chegar ao local os vereadores acompanhados por Juliana Bueno da Silva que é membro do Conselho de Educação Escolar e da equipe da Vigilância Sanitária, foram prontamente atendidos e encaminhas à cozinha pela direção da escola.
No Local foram encontrados diversos tipos de carnes que apresentavam irregularidades como embalagens danificadas e sem identificação adequada, além prazo de validade vencido.
Segundo informou a diretora da escola, as carnes que apresentavam problemas estavam separadas e as merendeiras estavam cientes de que os produtos eram impróprios para o consumo e que os mesmos não foram e nem seriam servidos aos alunos. A diretora informou ainda que embora na semana passada já houvesse feito o pedido para a retirada dos produtos, a empresa Le Baron Alimentação, responsável pelos alimentos não atendeu a solicitação.
Os vereadores foram informados também que ontem (10/05), as merendeiras deste centro infantil se recusaram a receber a carne enviada pela Le Baron, ao constatarem que o produto apresentava características estranhas.
As carnes com problemas foram retiradas da escola pela equipe da Vigilância Sanitária e serão descartadas no aterro sanitário da cidade. Um laudo que será emitido na próxima semana pela Vigilância Sanitária trará informações precisas sobre quais e a quantidade de produtos descartados.
No Centro Infantil Carolina S. Bohianza, no Abílio Pedro, a visita ocorreu após o vereador Ronei receber uma denúncia informando que a carne separada para a refeição de hoje apresentava forte odor e coloração estranha.
“Temos receio de servir esta carne para os nossos alunos que são crianças pequenas, ainda com pouca imunidade, e podem ter algum problema ao consumir um alimento com estas características”, informou uma funcionária.
Durante a visita havia apenas uma merendeira para produzir a alimentação das 197 crianças atendidas. Segundo informações, além dos salários das merendeiras estarem atrasados, a empresa Le Baron comete equívocos na hora do pagamento e realiza cobranças indevidas dos funcionários.
Funcionários relataram também que há demora por parte da Le Baron no atendimento e entrega dos produtos que são solicitados. “Na quinta-feira passada as crianças ficaram sem leite, pois a empresa não realizou a entrega em tempo hábil”, afirmou uma das funcionárias.
Outra queixa foi em relação aos utensílios usados na escola. Foi constatada a falta de equipamentos com descascador de legumes, picador, colher de pau, vasilhas plásticas e uniformes para as merendeiras, entre outros.
Em ambas as escolas foram constatadas a falta de armários e local apropriado para a armazenagem dos produtos.
“É um absurdo isto que acontecendo nas escolas municipais e algo tem que ser feito imediatamente. Não podemos mais permitir que nossas crianças sejam submetidas a esta situação, por isso vamos cobrar providências para que o problema seja solucionado”, afirmou Ronei.
“A população tem um papel muito importante neste processo. A cada denúncia que recebemos nos fortalecemos para conseguirmos melhorar a merenda servida à nossas crianças”, disse Carlos Rossler.
